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Ultimamente, tenho descoberto que há cada vez mais professores universitários a valorizarem as grandes obras, de grandes autores, que eles escreveram para crianças. No primeiro semestre, fiz um trabalho sobre As Crónicas de Nárnia. Mal o 2º semestre começou, logo na primeira aula de Cultura Visual, a professora mandou-nos (re)ler O Principezinho como trabalho de casa para o Carnaval (e reflectir acerca da relação da história com a matéria que vamos estudar).

Esta evolução nas leituras seleccionadas no meio académico deixa-me bastante feliz. Há novos horizontes a serem explorados, novos pontos de vista. Ao contrário do que o Principezinho pensava no seu tempo, talvez os adultos estejam realmente a combater a sua seriedade. Talvez Saint-Exupéry se orgulhasse por o seu conto, supostamente escrito para alcançar um público juvenil, estar a ser recomendado por professores da faculdade. Talvez C. S. Lewis também se orgulhasse por tantas gerações, de todas as idades, continuarem a pegar nas suas Crónicas, tantas décadas depois.

O que une Lewis e Saint-Exupéry? Terem escrito livros "para adultos", mas esses mesmos adultos continuarem a preferi-los pelos seus livros "para crianças" (não desfazendo nos primeiros, é claro). E não é que se justifiquem tais rótulos, mas utilizamo-los pela mera necessidade de classificação para efeitos práticos.

Estudar livros "para crianças" na faculdade só mostra que é possível retirar conclusões importantes dessas leituras. Que os autores, por vezes, levam as crianças mais a sério do que os leitores adultos. Que escrevem com mais qualidade e cuidado para elas. Que é nelas que confiam para mudar o mundo. Que os adultos aprenderão com esses livros e recuperando a perspectiva das crianças.

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Últimas leituras - "The Four Loves"

por BeatrizCM, em 11.01.15

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Primeiro livro totalmente lido em 2015: check!

Continuei na onda "C. S. Lewis", em continuidade com 2014, mas talvez este seja agora o último livro que hei-de ler do mesmo autor antes de acabar outros que, entretanto, já iniciei no novo ano. The Four Loves é um livro pequenino de ensaios, dividido em 6 capítulos, mas não se deixem enganar pelo tamanho (128 páginas nesta edição em inglês), pois tem muito conteúdo para ser assimilado. Por isso, são capazes de ter de folgar três tardes inteiras até o acabarem, para o ler devidamente, com atenção, e apreciar a genialidade da escrita e da opinião de Lewis.

Para variar, segue-se a minha crítica no Goodreads:

À medida que fui lendo The Four Loves, tentei ir anotando num caderno todas as passagens que achava interessantes e dignas de serem destacadas. Por isso, logo nas primeiras páginas, tive de começar a conter-me e pensar que não podia copiar todo o livro, que para isso comprava um exemplar para mim (aquele que li pertence a uma professora). Esta situação representa o quão adorei ler The Four Loves, o quão quente me deixou o coração e a alma, o quão verbalizou muitas das opiniões que partilho com C. S. Lewis, mas que nunca conseguiram ser exprimidas por mim, pelo menos de um modo tão claro. As definições de amizade, amor romântico, afeição/carinho e caridade/bondade não podiam ter sido melhor atribuídas do que por este escritor e pensador magnífico.
As referências a Jesus Cristo e à religião cristã são frequentes, mas qualquer pessoa consegue ler este livro e identificar-se com o que Lewis defende, seja qual for a sua crença ou mesmo que seja ateia ou agnóstica. Afinal, a base cultural ocidental reside, em grande parte, no cristianismo, partilhando-se valores que são inerentes à nossa educação e instrução, mesmo que seculares.
Só o último capítulo, Charity, me pareceu um pouco confuso, talvez pelas suas muitas referências a Deus, à comparação do Seu amor com o amor humano e à transcendência depois da morte. Acabei por não me identificar tanto com estes temas.

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As leituras de 2015 ainda agora estão a começar e os desafios literários também. Para quem gosta de seguir blogues acerca de livros, talvez não seja novidade que A Mulher Que Ama Livros, ou seja, a Cláudia, tenha lançado uma lista muito especial, uma espécie de boletim, com ideias que considero excelentes para os LHA, com uma espécie de linhas orientadoras para quem tem tendência a dispersar-se.

Então, aqui fica o boletim da Cláudia:

 

Pessoalmente, não conto seguir o boletim de fio a pavio, mas sim retirar ideias. No entanto, para os leitores que gostam de se testar, nada melhor do que um desafio bem estruturado como este para não se esquecerem dos seus objectivos literários.

Além das sugestões desta lista, adiciono outros meus:

- Um livro que tenha ganho um Prémio Nobel da Literatura anterior à data em que nasceste

- Um livro recomendado por alguém mais velho (pais ou professores, por exemplo)

- Um livro recomendado por alguém mais novo

- Um livro de ensaios

 

Boas leituras!

(E obrigada à Cláudia pela partilha!)

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2014 em livros

por BeatrizCM, em 31.12.14

Recentemente, descobri outra ferramenta de estatísticas do Goodreads. Se calhar, no ano passado já tinha dado por ela, mas agora talvez e tenha reencontrado sem me lembrar de nada.

Seja como for, gostei de conhecer o resumo do meu ano de 2014 em livros. Quem não gostará?

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 E ainda outras estatísticas pessoais:

  • 18 leituras livres
  • 18 leituras para a faculdade
  • 8 leituras que, apesar de terem sido úteis para a faculdade, também tiveram carácter livre, pois contava lê-las de qualquer maneira
  • As últimas 8 leituras mencionadas correspondem a todos os livros que li de C. S. Lewis, ou seja, os 7 volumes d'As Crónicas de Nárnia, mais A Experiência de Ler 
  • Deste modo, C. S. Lewis foi o autor que mais li em 2014
  • Uma vez que, em 2013, reli os 5 primeiros volumes do Harry Potter, contava reler igualmente os últimos dois em 2014, mas só consegui ler o sexto.

 

Finalmente, como estamos doentes de ouvir a cada 31 de Dezembro que vivemos... até para o ano! Desejo-vos um grande ano 2015 no que toca a ler, não necessariamente em quantidade, mas equitativamente em qualidade!

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Tenho andando tão apertadinha de tempo ultimamente, que até me tenho esquecido de partilhar algumas das minhas reviews do Goodreads acerca de livros que tenho lido para a faculdade. Por isso, pedindo desculpa por me ter desleixado e ter-vos privado de tão honrosas críticas (ou não), ei-las!

 

ELOGIO DA LOUCURA - lido para Cultura Renascentista

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Esta foi uma leitura curta, mas cheia de conteúdo. Erasmo de Roterdão é considerado um dos maiores pensadores do início do Renascimento e, pelo menos a julgar por este livro, uma "pequena" lembrança dedicada ao seu amigo Thomas Moore, era um mestre da palavra e merece todas as honras que lhe são dedicadas nesse aspecto. Em cerca de 150 páginas, num registo informal e provocador, encarna o discurso de uma Loucura que pensa e denuncia os vícios da sua sociedade (séc. XV/XVI), que pelos vistos são bastante semelhantes aos da sociedade actual.
Em suma, impõem-se as questões "quem é realmente louco?, quem pode ser considerado como tal?, a loucura é obrigatoriamente negativa?, não somos todos um bocadinho loucos e não precisamos de um pouco de loucura na nossa vida?, não há piores coisas do que a loucura com que nos devamos preocupar?".

 

 

DEATH OF A SALESMAN - lido para Inglês C1.2

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"USA mentality in a nutshell." Esta peça de tetro é uma verdadeira pérola para quem quer entender melhor a atitude de quem perseguia o famoso "American Dream" em meados do século XX, quais as suas implicações e consequências a nível pessoal e familiar - tudo isto retratado num exemplo prática, neste caso no lar do vendedor Willy Loman, um "salesman" que almejou bastante na vida, sem alcançar nem metade daquilo que desejava alcançar. Nem colocando todas as suas expectativas nos filhos, em particular em Biff, conseguiu que eles fossem muito bem-sucedidos na sua vida adulta e vive um período de "pré-reforma" bastante conturbado.
Adorei ler este livro, pela sua simplicidade em descrever a cultura norte-americana em pouco mais de 100 páginas.

 

 

BEOWULF - lido para Cultura Medieval

 

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I did not find "Beowulf" as interesting or rich as the greek or latin epic stories. However, it is a great narrative for those who, like me, want to know more about the nordic invasions and settlement, that are in the genesis of countries such as the UK, Sweden, Finland or Denmark. Summarily, "Beowulf" reveals a lot of historical, cultural and mythological curiosities.

 

 

WHO GOES THERE? (em ebook) - lido para Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa

 

 

One of the first masterpieces that is in the origin of science fiction in the begginning of the 20th century. I understand why, given the fact that it is maybe the first book making reference to aliens and how such forms of life interact with human beings, even if only inside our heads, the limits of humans and the science we create.
I enjoyed this story, even though it is hard for non-native English speakers to know each and every word Campbell uses. It is full of descriptions, but also dialogues, which enriches the narrative and makes readers' experience more pleasant.

 

 

***

[E, sinceramente, não me lembro qual costuma ser o meu critério para escrever umas reviews em inglês e outras em português.]

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Como já devem ter reparado, adoro livros escritos por estrangeiros acerca dos portugueses. Acho que é sempre uma experiência enriquecedora saber qual a opinião de uma pessoa de fora acerca de nós e do nosso país, do que se faz por cá, de como nos comportamos... Até agora, acho que continuo a preferir o The Portuguese/Os Portugueses, do jornalista Barry Hatton (casado com uma portuguesa, também tem filhos portugueses que também contribuem para a sua perplexidade para connosco), mesmo depois de já ter lido igualmente o The Xenophobe's Guide to the Portuguese. Comprei-o na loja de souvenirs do Parlamentarium, quando fui visitar o Parlamento Europeu em Bruxelas no passado mês de Novembro, custou-me 8€, mas pronto, eu tinha que o fazer. Além disso, nem 100 páginas tem, por isso seria super rápido de se ler.

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No final, acabei por não gostar muito dele. Contém muitas generalizações acerca dos portugueses, das suas tradições, comportamentos e modo de vida, o que me deixou bastante desiludida. Parece que o autor, Mattew Hancock, supostamente escritor de guias turísticos de cidades portuguesas, nem se deu ao trabalho de confirmar por si próprio se esses generalizações eram verdadeiras, o que realmente o tornou um bocado mais como o título indica - "um guia xenófobo.

Assim sendo, para mais pormenores, leiam a crítica que se segue, que deixei no Goodreads - em Inglês, para que leitores estrangeiros também possam perceber que nem tudo o que se encontra escrito é necessariamente verdade.

This book is indeed useful for foreigners to understand a bit more about the portuguese. However, not all that is mentioned should be taken literally, scientifically. There are lots of facts that are only generalizations that the author applied to all of us, people from Portugal, even though he sometimes refers some things that are absolutely true. In other cases, what he refers does not apply to younger generations, only consisting in a traditional point of view.
I was expecting more from this book. Also, I think that this type of guides should be written in partnership with a country's native, or at least revised by one.

 

Fica para a próxima, The Xenophobe's Guide to the Portuguese!

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Últimas leituras - "Malala"

por BeatrizCM, em 02.12.14

Aaaaah, voltei!

Tenho lido imenso e escrito muito pouco, daí a minha ausência. Perdoem-me, colegas. A leitura a muito obriga e nós, como é sabido, queremos lá saber, fazemos o que a vontade nos pede. E eu fiz o que me deu na real gana! No stop reading November! Consequentemente... agora tenho imensas opiniões para partilhar.

 

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Um dos livros que comecei a ler em Outubro e acabei em Novembro foi esta autobiografia, Malala - the girl who stood up for education and was shot by the Taliban, que eu já tinha comprado em Inglaterra no Verão, por apenas 3£.

Decidi-me, finalmente, a pegar-lhe a seguir à Malala ter sido a grande contemplada com o Prémio Nobel da Paz de 2014. Senti que, se já tinha o livro, só tinha era de o ler.

Por isso, pouco a pouco (porque ainda foi uma leitura relativamente grande para quem tinha imensos afazeres paralelos).

Esta é a minha review no Goodreads:

Decidi saber mais acerca da Malala depois de ganhar o Prémio Nobel da Paz há uns meses. Já tinha este livro e não encontrei melhor oportunidade e desculpa para o ler do que essa.
Adorei ler este livro, pela sua dimensão histórica, política e social - e por mais que não seja por ter sido escrito por uma rapariga tão particular como a Malala.
O que poderia ter-se revelado um relato desinteressante acerca da vida e dos sonhos de uma adolescente em breve demonstrou tratar-se muito mais do que isso. Ainda não me inteirei de todo o fenómeno "Malala" e de todos os seus efeitos a nível mundial, mas este livro, escrito pela própria em parceria com a jornalista Christina Lamb, dá-nos uma perspectiva bastante completa acerca do que esta menina paquistanesa, inicialmente anónima, já tentou fazer pelo direito à educação para todas as crianças, em especial para as raparigas. Sendo quase como que uma ode à educação como a melhor arma que alguém pode desejar, este livro fez-me pensar em como, na maior parte do Ocidente, tomamos a escola como garantida, não lhe prestando o devido respeito. Muitos leitores têm dito o mesmo, mas é de frisar que são relatos como os de Malala que nos fazem abrir os olhos acerca de outras realidades alheias à nossa, em que todas as condições para sermos bem-sucedidos, felizes e saudáveis nos são mais ou menos asseguradas.
Com apenas 17 anos, a Malala já viveu no meio de diversas guerras, armadas e não só. A sua luta pela educação resultou numa tentativa de homicídio pela parte dos talibãs, a si e a algumas das suas colegas, e não foi por causa disso que tal luta foi interrompida. Com apenas 17 anos, a Malala tem tudo para continuar a ser um ícone internacional no campo da luta pelos direitos humanos, uma porta-voz cheia de garra para aqueles a quem não é permitido falar.
A escrita deste livro é relativamente simples, notando-se até alguma ingenuidade e jovialidade próprias da idade da Malala quando o escreveu. Para quem espera meros ensaios acerca da educação, que se desencante dessa ideia: todo o relato é um ensaio em si, é uma história pessoal que se tornou uma história universal. O mais complicado de entender poderão ser, porventura, algumas referências culturais menos bem explicadas.

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"Galveias" também já chegou

por BeatrizCM, em 14.10.14

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A encomenda foi expedida dia 10, sexta-feira, dia oficial de lançamento, por volta da 1h da manhã. Esperava-a há mais de duas semanas, queria ser das primeiras a pegar-lhe e lê-lo. Chegou menos de sete horas depois à Margem Sul, às 10h45 estava na minha casa. A minha avó não estava, seguiu de volta para o posto municipal dos CTT. Fiquei desconsolada e ela também, por achar que me desiludia.

Por isso, ontem, segunda-feira, mal o posto local abriu, lá fui eu, toda lufa-lufa para ir buscar o meu Galveias. Às 9h30 da manhã, ainda nem tinha chegado do posto municipal. Consegui-o antes das 10h. Abri o embrulho ainda no carro. O livro vinha com a capa lesada nalguns sítios, em frente e atrás. Fiquei triste, ainda pensei em ir ao Colombo trocá-lo, mas desisti. Imaginei a cara de quem me atenderia, a queixar-me da "porcaria" do livro com um ou dois probleminhas microscópicos na capa. Esqueci o assunto. Dificilmente alguém me entenderia e à minha fixação dos livros imaculados. Nem sequer era culpa do envelope almofadado, parecia apenas ter sido mal tratado por falta de cuidado no armazém.

Corri para casa, ou quis que o carro corresse. Li as primeiras páginas, mas adormeci com dores de cabeça. Depois de acordar, antes de almoço, estava melhor. Só parei de ler para comer e descansar uns minutos. Despachei mais de metade do livro em menos de dozes horas.

Hoje continuo a lê-lo e, provavelmente, ainda hei-de o acabar antes de amanhã raiar. Só me faltam 40 páginas.

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Últimas leituras - "Admirável Mundo Novo"

por BeatrizCM, em 05.10.14

 

Normalmente, mostro-vos uma fotografia das capas dos livros que leio, mas desta vez não valia a pena, porque li a edição do jornal Público (igual à da imagem de cima) e, como pertence à Biblioteca da FLUL, já não tinha a sobre-capa com o título. 

De qualquer maneira, adorei ler este livro, recomendo-o mil vezes, um milhão, três biliões se for necessário! Ainda bem que é uma das leituras a fazer para a minha cadeira opcional do 1º semestre, Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa.

Eis a minha review no Goodreads:

 

Se quisermos pôr-nos a imaginar um futuro "utópico" credível, em que a humanidade seja quase que obrigada a viver harmoniosamente, aqui está uma leitura que recomendo. Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1932, "Brave New World" é uma obra de arte literária que quase nos faz parecer que foi escrita ainda na semana passada, tal é a qualidade de visionário que Huxley demonstra. A sua narrativa é simples mas rica em detalhes, muito bem escrita. Os cenários que concebe foram aquilo que mais me espantou. Como é que é possível que tais ideias lhe tenham surgido no início do século XX? Huxley tinha, certamente, uma ideia de ciência e tecnologia bastante avançada para a sua época.
Apesar de até quase ao final o enredo parecer um pouco mais parado, o final merece uma ovação de pé pela sua genialidade, graças às conclusões acerca da sociedade Fordiana explicadas pela "administrador".

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Por vezes, dizemos que nos falta o tempo para ler e que todos os livros que temos são calhamaços que nos fazem logo perder a motivação, com frases longas, histórias desinteressantes, pontos de vista com que não concordamos e que, por isso, não conseguimos apreciar... Enfim, há sempre desculpas quando a vontade de abrirmos um livro, seja por que motivo for, não é muita.
No entanto, com este Só Entre Nós, do jornalista Luís Osório, já não conseguirão encontrar qualquer desculpa, até porque este não é um daqueles livros que se têm de ler do início ao fim e num curto espaço de tempo, antes que a memória falhe e já não saibamos a quantas íamos no enredo. Pelo menos, foi assim que encarei esta leitura, passo o cliché, tão simples e tão rica ao mesmo tempo. Confesso que ainda nem a acabei, porque ela pede para ser apreciada com a disposição certa.
Só Entre Nós é mesmo "só entre nós", em jeito de desabafo. É constituído por pequenas crónicas (por vezes são tão curtas que são só mesmo um parágrafo de oito linhas) acerca de tudo e mais alguma coisa, qualquer tema: política, vida familiar, infância, economia, cultura, expectativas para o futuro... Assim, é fácil que qualquer tipo de leitor crie empatia com este grande jornalista, Luís Osório, cujo trabalho podem e DEVEM pesquisar.
Pessoalmente, a parte de que menos gosto no livro é o prefácio escrito pelo muito conhecido Adriano Moreira, antigo Ministro do Ultramar durante o Estado Novo e, mais tarde, presidente do CDS. Admiro-o muito pela sua eloquência aos 91 anos, pela sua capacidade de expressão (aparentemente) intacta em tão avançada idade, mas não consegui mesmo identificar-me com o tipo de escrita. Enfim, mas, se acabarem por concordar comigo (o que pode nem acontecer) sempre existem mais cento e tal páginas de que podem gostar mais do que o prefácio - e que cento e tal páginas são!
Este foi a primeira crítica - de muitas, espero - a um livro escrita em parceria com a Chiado Editora. Para mais informações sobre autores, livros ou envio de obras, visitem o site www.chiadoeditora.com

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