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Título: Será que as mulheres ainda acreditam em príncipes encantados?
Autor: Rodrigo Moita de Deus
Ano: 2001
Este livro deixou-me dividida, pendendo mais para o lado mau do que para o bom, infelizmente. Quando lhe peguei pela primeira vez, pensei que íamos tornar-nos muito amigos. Apesar de eu saber que este não seria, decerto, o próximo candidato ao Nobel, nunca achei que me viesse a desiludir tanto. Enganei-me.
As primeiras páginas e, até, os primeitos capítulos foram bastante agradáveis e fizeram-me rir agarrada à barriga. Nessa fase de enamoramento, deleitei-me com um sarcasmo um tanto ou quanto tonto, cheio de despretensão e boas vibrações da parte do autor.
O pior aconteceu algures a meio da leitura, quando esse autor jovial e divertido se tornou num homem arrogante e presunçoso, cheio de manhas e tiques de tiozoco novo-rico dali de Cascais, 'tão a ver, q'ridos? Nem sequer cheguei a perceber qual a sua opinião acerca das mulheres - se são umas grandes cabras ou se são todas a nova reencarnação da virgem Maria (sem a parte da virgem, vá).
Em geral, o livro é muito confuso. O autor propõe-se a falar sobre as mulheres, não só no título como também através da introdução, mas, volta e meia, põe-se a divagar sobre o ser humano e sobre as manias dos homens, e como seduzir num encontro, entre outros conselhos que não se entende a quem são dirigidos, se ao sexo masculino, se ao feminino, nem qual o contexto em que deveremos colocá-los dentro do livro. Alguns temas chegam a ser tratados mais do que uma vez, expondo as mesmíssimas ideias discutidas vinte páginas atrás, com as mesmas piadas e as mesmas palavras.
O panorama vai piorando em direcção ao fim, não se iludam como eu. Este não é um tratado sobre psicologia feminina (afinal, po que percebe um pseudo-gestor de marketing de 23 anos, cujo apelido é "Moita de Deus" e que trata as namoradas por "você" acerca do assunto?).
De agora em diante, livros de psicologia... só lhes pego se forem escritos por verdadeiros psicólogos!