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Guardem as carteiras, ponham o vosso dinheiro debaixo do colchão, parem de comprar pechisbeque da Primark, parem de almoçar a comida de plástico no McDonald's que vos enche o traseiro de vergonha... Porque a Feira do Livro de Lisboa já tem data marcada para este ano: 29 de Maio a 15 de Junho!
Não há ninguém neste planeta inteiro que não goste da Feira do Livro. Aposto que até quem não gosta de ler consegue gostar da Feira do Livro. É o ambiente, o passeio, a luz, o sol, a ânsia, a multidão de leitores, o aroma a folhas acabadinhas de imprimir, os sacos cheios e promissores, o Parque Eduardo VII - é impossível não morrer de amores por esta época tão festiva para as nossas estantes e tão ofensiva para o nosso bolso! Chegou a hora de poupar, meus caros. O auto-desfalque está para vir e só nos restam três meses de austeridade extra, em nome de uma saudável e óptima causa!
E eis que acabei de ler a Ilíada... FINALMENTE! Ainda hoje terei de partir para a Odisseia, mas, por agora, aqui vos deixo a minha opinião acerca do primeiro livro da cultura ocidental, transcrito directamente a partir de não sei quantos séculos da tradição oral (vou ter de saber quantos foram ao certo, mas de momento não me recordo)! Deste modo, o seu suposto autor - Homero - tanto poderá ter existido como não, o que sempre foi, continua e continuará a ser um mistério.
Nota: li este livro no âmbito da cadeira de Cultura Clássica e tive de o fazer em apenas uma semana, o que não me permitiu apreciá-lo devidamente - ou assim me pareceu.
Devido às grandes diferenças entre o grego antigo e o português, nota-se que a perda de qualidade no decorrer da tradução deverá ser enorme. Também não sei bem como avaliar esta obra enquanto produto escrito, uma vez que a sua função original era de cariz oral, tendo sido um poema épico declamado de cor e existindo imensas marcas disso ao longo do texto. Por isso, enquanto produto literário, não o apreciei sobremaneira, apesar de saber que enriqueceu o meu conhecimento acerca da mitologia e da cultura europeia. Em geral, não me importei nada de o ler, mas tinha expectativas mais elevadas.
Odisseia, here we go!
Pois é, ando a ler esta pequena criatura de 500 páginas, 470 delas em verso. Ainda vou a metade e preciso de a terminar até terça-feira de manhã, não sei bem como, mas logo se vê. Pode ser que, entretanto, eu seja acometida de uma força inigualável, como a de Zeus, ou que a deusa Atena tenha piedade da minha pessoa, porventura descendente dos seus amados aqueus, e me conceda muita paciência e pouco sono, para levar a cabo a leitura do que se diz ser o primeiro livro da literatura europeia. Isto é muita frutinha...
De resto, estou a gostar da Ilíada. Só tenho pena de ter de a ler à pressão. Obrigadinha, professora de Cultura Clássica.
John Green não deve ser o maior escritor de todos os tempos, mas é, sem dúvida, um óptimo contador de histórias, a julgar por este The Fault in Our Stars. Não sei se será assim, como descrito, que se desenrola o quotidiano de adolescentes com doenças oncológicas, mas passei a saber, mais do que nunca, que não quero saber. Entenderam?
Ler este livro é uma experiência emocional de partir o coração, tanto rindo quanto chorando, e conseguimos realmente criar empatia como todas as personagens. Não há antagonistas nesta história, apenas um inimigo invisível mas devastador chamado cancro.
Não é o meu livro preferido, mas gostei imenso de o ler. Pôs-me a pensar em todas as pessoas de quem eu gosto e que não gostaria de perder, fez-me reflectir acerca do "great love of my life" (cf. versão original) e no quão garantidas as tomamos na maioria do tempo que passamos com elas.
Em suma, livros sobre temas tristes não são o meu forte, mas este leu-se bem e serviu para me inteirar de toda a sorte que tenho por ter saúde, amor, família e amigos que, por seu turno, também não têm um prazo de validade - não são "granadas".
Já todo o mundo adolescente e não adolescente tinha lido este livro, The Fault in Our Stars (em português, A Culpa é das Estrelas), e eu ainda não. Proporcionou-se a oportunidade depois de adquirir a tablete, pois a única versão a que tinha acesso era em livro digital - e eu detesto ler no computador!
Todos os dias tenho lido um bocado, comecei na quinta-feira, e só estou a demorar mais tempo porque não tenho tido mais disponibilidade. Já vou quase no final e está a ser emocionante. Hoje devo acabá-lo, sem dúvida.
É um daqueles livros que pensamos que vai ser uma coisa e, afinal, é outra. Digo isto porque há muito tempo que não leio nada de lamechas, porque deixei de gostar de histórias lamechas, em geral. Talvez porque a minha vida se tornou imensamente lamechas, a ficção lamechas tem-me desapontado, por eu agora saber que a lamechice é bem melhor na realidade. Porém, de vez em quando, há que conhecer outros tipos de lamechice, outro tipo de enredos foleiros que encerram mensagens preciosas e nos mostram outra perspectiva do mundo, aquela que o autor quer legar-nos. Entendem?
Felizmente, nunca conheci ninguém com cancro e muito menos estive perto de saber o que é ser-se doente oncológico ou ser-se próximo de um. Felizmente, felizmente, FELIZMENTE! Acho que sou inacreditavelmente abençoada por isso. Deve ser uma sensação terrível, estar-se perto de uma "granada" ou ser-se uma. Ter-se uma vida pela frente e, um dia, descobrir-se a violenta efemeridade da existência. Ninguém o deveria desejar a ninguém, nem ao seu mais temível inimigo.
Mas, desenganem-se, este não é um livro sobre cancro. O que ele tem de mais valioso é ser acerca de adolescentes com cancro, mas que aspiram a muito mais do que a ser apenas mais uns adolescentes com cancro. E, acima de tudo, é sobre o amor.
Assim, vale a pena lê-lo.
Ainda não chorei uma única vez, mas tenho ficado algo impressionada nalgumas partes, enquanto outras já me fizeram rir bastante.
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ADENDA: lembrei-me de que conheci uma pessoa, já adulta, com cancro, mas não contactei com ela enquanto esteve doente, é verdade.