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2014 em livros

por BeatrizCM, em 31.12.14

Recentemente, descobri outra ferramenta de estatísticas do Goodreads. Se calhar, no ano passado já tinha dado por ela, mas agora talvez e tenha reencontrado sem me lembrar de nada.

Seja como for, gostei de conhecer o resumo do meu ano de 2014 em livros. Quem não gostará?

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 E ainda outras estatísticas pessoais:

  • 18 leituras livres
  • 18 leituras para a faculdade
  • 8 leituras que, apesar de terem sido úteis para a faculdade, também tiveram carácter livre, pois contava lê-las de qualquer maneira
  • As últimas 8 leituras mencionadas correspondem a todos os livros que li de C. S. Lewis, ou seja, os 7 volumes d'As Crónicas de Nárnia, mais A Experiência de Ler 
  • Deste modo, C. S. Lewis foi o autor que mais li em 2014
  • Uma vez que, em 2013, reli os 5 primeiros volumes do Harry Potter, contava reler igualmente os últimos dois em 2014, mas só consegui ler o sexto.

 

Finalmente, como estamos doentes de ouvir a cada 31 de Dezembro que vivemos... até para o ano! Desejo-vos um grande ano 2015 no que toca a ler, não necessariamente em quantidade, mas equitativamente em qualidade!

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Últimas leituras - "Chien de Printemps"

por BeatrizCM, em 31.12.14

Em Fevereiro, tentarei obter, finalmente, o DALF (diplôme approfondi de langue française) para ser certificada com o nível C1 em francês. Por isso, desde 2013 que tenho andado a tentar ler cada vez mais livros em francês, para praticar e não enferrujar - além de ter aulas de três horas todos os Sábados de manhã. Afinal, já tenho mais do que anos de estudo suficientes para ler em francês sem problemas.

Assim, em 2014 Chien de Printemps foi o segundo romance que li totalmente em língua francesa. Aproveitei o facto de o autor, Patrick Modiano, ter sido o vencedor do Prémio Nobel da Literatura deste ano e, ainda por cima, eu ter ido a Bruxelas e visitado a livraria Filigranes - logo, ter tido acesso a imeeeensos livros franceses ou, pelo menos, escritos na língua - para procurar livros pequenos, mas bem escritos que me motivassem a aprofundar conhecimentos na minha segunda língua estrangeira (a primeira é o inglês e a terceira é o espanhol).

À medida que ia lendo, devagar, devagarinho, à medida que ia arranjando minutos livres, fui pegando no Chien de Printemps. Só as últimas 50 páginas foram lidas de empreitada, tal a vontade de as terminar. Foi a minha última leitura integral de 2014!

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Esta é a minha opinião:

Primeiro aspecto a destacar: adorei a escrita de Modiano. Apesar de ter lido o livro em Francês, na sua língua original, não tive qualquer dificuldade em apreciar o seu estilo fluído, introspectivo, com parágrafos e capítulos curtos e diálogos na quantidade certa - pelo menos, no que toca a esta obra. A dimensão do livro (120 páginas) também incentiva o leitor a terminar a leitura mais rapidamente.
Quanto ao tema, acho que é abordado de uma maneira um pouco confusa. Com tantas analepses e prolepses, o leitor menos atento é capaz de se perder na narrativa. É certo que o narrador está a contar cenas do seu passado, mas por vezes este confunde-se com o passado do outro protagonista, Francis Jansen - e desconfio que tenha sido mesmo esse o objectivo de Modiano (quem já tiver lido "Chien de Printemps" há-de perceber a conveniência de tal suposta falha).
Excelente leitura para estudantes de Francês que nunca tenham lido um livro completo escrito nesta língua - ideal para principiantes, pela sua pequena dimensão, vocabulário e formas verbais não muito diversificados ou complexos.

 

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Tenho andando tão apertadinha de tempo ultimamente, que até me tenho esquecido de partilhar algumas das minhas reviews do Goodreads acerca de livros que tenho lido para a faculdade. Por isso, pedindo desculpa por me ter desleixado e ter-vos privado de tão honrosas críticas (ou não), ei-las!

 

ELOGIO DA LOUCURA - lido para Cultura Renascentista

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Esta foi uma leitura curta, mas cheia de conteúdo. Erasmo de Roterdão é considerado um dos maiores pensadores do início do Renascimento e, pelo menos a julgar por este livro, uma "pequena" lembrança dedicada ao seu amigo Thomas Moore, era um mestre da palavra e merece todas as honras que lhe são dedicadas nesse aspecto. Em cerca de 150 páginas, num registo informal e provocador, encarna o discurso de uma Loucura que pensa e denuncia os vícios da sua sociedade (séc. XV/XVI), que pelos vistos são bastante semelhantes aos da sociedade actual.
Em suma, impõem-se as questões "quem é realmente louco?, quem pode ser considerado como tal?, a loucura é obrigatoriamente negativa?, não somos todos um bocadinho loucos e não precisamos de um pouco de loucura na nossa vida?, não há piores coisas do que a loucura com que nos devamos preocupar?".

 

 

DEATH OF A SALESMAN - lido para Inglês C1.2

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"USA mentality in a nutshell." Esta peça de tetro é uma verdadeira pérola para quem quer entender melhor a atitude de quem perseguia o famoso "American Dream" em meados do século XX, quais as suas implicações e consequências a nível pessoal e familiar - tudo isto retratado num exemplo prática, neste caso no lar do vendedor Willy Loman, um "salesman" que almejou bastante na vida, sem alcançar nem metade daquilo que desejava alcançar. Nem colocando todas as suas expectativas nos filhos, em particular em Biff, conseguiu que eles fossem muito bem-sucedidos na sua vida adulta e vive um período de "pré-reforma" bastante conturbado.
Adorei ler este livro, pela sua simplicidade em descrever a cultura norte-americana em pouco mais de 100 páginas.

 

 

BEOWULF - lido para Cultura Medieval

 

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I did not find "Beowulf" as interesting or rich as the greek or latin epic stories. However, it is a great narrative for those who, like me, want to know more about the nordic invasions and settlement, that are in the genesis of countries such as the UK, Sweden, Finland or Denmark. Summarily, "Beowulf" reveals a lot of historical, cultural and mythological curiosities.

 

 

WHO GOES THERE? (em ebook) - lido para Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa

 

 

One of the first masterpieces that is in the origin of science fiction in the begginning of the 20th century. I understand why, given the fact that it is maybe the first book making reference to aliens and how such forms of life interact with human beings, even if only inside our heads, the limits of humans and the science we create.
I enjoyed this story, even though it is hard for non-native English speakers to know each and every word Campbell uses. It is full of descriptions, but also dialogues, which enriches the narrative and makes readers' experience more pleasant.

 

 

***

[E, sinceramente, não me lembro qual costuma ser o meu critério para escrever umas reviews em inglês e outras em português.]

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Últimas leituras - "A Experiência de Ler"

por BeatrizCM, em 28.12.14

Como cheguei a contar, estou a fazer um trabalho acerca d'As Crónicas de Nárnia e, por isso, andei à procura de algumas outras obras de C. S. Lewis para o completar. Felizmente, tenho a sorte de uma das minhas professoras ser uma grande admiradora e entusiasta do autor e ter-me emprestado para aí uns sete livros seus. Um deles foi este, A Experiência de Ler, que, apesar de não ter particularmente que ver com o tema que estou a tratar no trabalho, chamou-me a atenção e li-o na mesma, como leitura recreativa.

 

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Adorei ler A Experiência de Ler (passe-se a expressão, não é?) e recomendo a todos aqueles que quiserem conhecer a opinião de um escritor de primeira categoria, admirado por esse mundo fora, acerca de livros, e mais livros, e mais livros - obras de todos os tempos, não só modernas. É uma colecção de ensaios muito bem articulados que, para os amantes de literatura e crítica literária, se torna imperdível.

Crítica que deixei no Goodreads:

 

Já me tinha colocado algumas questões acerca do que definirá boa e má literatura, bons e maus leitores. Ao ler este livro obtive algumas respostas a essas perguntas que tinha em mente e C. S. Lewis tornou-se quem mais me ajudou a arrumar as ideias. Não é que eu não tivesse já pensado nalgumas das definições e pensamentos que propõe acerca do assunto, mas clarificou-me e categorizou aquilo que me faltava categorizar, proporcionando-me uma experiência elucidativa como há algum tempo não tinha.
Recomendo a quem pretende saber mais acerca de crítica literária, conhecer mais autores - sugeridos por Lewis - e perceber melhor o que vai na cabeça de um escritor no seu papel enquanto leitor (bem, e um pouco enquanto escritor ele mesmo).

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Uma ideia

por BeatrizCM, em 27.12.14

 

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Últimas leituras - Bro Code

por BeatrizCM, em 26.12.14

Pela altura em que estiverem a ler isto, já o Natal terá passado. Felizmente, espero eu! Não pude publicar esta review antes porque seria demasiado suspeito. Afinal, esta foi a minha prenda de Natal para o Ricardo e, se ele tivesse reparado por aqui que eu tinha lido o Bro Code, a surpresa acabaria aí com certeza. Ele é muito perspicaz e um fã acérrimo dos meus blogues (por isso é que teve direito a uma prenda tão engraçada) e provavelmente iria logo perguntar como raio tinha eu arranjado um Bro Code, que ele se calhar nem sabia que isso existia, quereria saber se se encontrava na Internet... Mas não, o dele veio do Book Depository.

 

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E pronto, o Bro Code é bestial. Lê-se para aí em duas horas, é uma prenda engraçada para oferecer aos companheiros e amigos deste mundo e, mais importante do que tudo, aponta uma estatística a dizer que as hottest chicks são as half asian chicks. Dah, óbvio.

Agora a sério, esta foi a minha opinião acerca do Bro Code no Goodreads.

Melhor é impossível. Concretiza aquilo a que se propõe - uma lista de regras a cumprir numa relação entre "bros" (companheiros, amigos). Tem talvez algumas referências intrinsecamente norte-americanas, mas é fácil imaginar exemplos na nossa própria cultura.
É uma leitura ainda mais engraçada de estivermos familiarizados com a série "How I Met Your Mother" e a personagem Barney Stinson. Levamos cerca de 1h30, 2h a ler todo o livro.
Os acabamentos gráficos são excelentes, com a capa trabalhada, em relevo e com a fotografia do Barney a sobressair noutro tipo de material, e com a impressão das páginas (já agora, em papel reciclado) a imitar um manuscrito. 

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"12 Reasons Why Books Are Great Gifts"

por BeatrizCM, em 25.12.14

12 razões para os livros serem óptimos presentes, DAQUI.

Ainda vão a tempo de oferecer muitos livros neste Natal. Têm mais cinco horas e meia totalmente legítimas para o fazer!

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Livros para ler em 2015

por BeatrizCM, em 24.12.14

Normalmente, quando fazemos listas destas, sugerimos sempre livros que ainda não tenhamos adquirido, que nos chamam a atenção nas prateleiras das livrarias e dos supermercados, que muitas vezes só o fazem simplesmente porque (ainda) não os temos.

No entanto, na minha lista de livros para ler em 2015, destaco somente para aí 1/4 da minha biblioteca pessoal, que não tive oportunidade de ler até ao momento. Dado que uma das minhas resoluções literárias para 2015 é parar de comprar tantos livros, sem ter lido os que tenho em casa, penso que faz todo o sentido promover uma leitura mais económica, financeiramente falando (e, se me apetecer muito qualquer coisa diferente, vou à biblioteca e acabou-se a conversa). Afinal, o que há a esperar de uma Leitora Hiperactiva Anónima (LHA), também um pouco Compradora de Livros Inquieta (CLI, um novo termo a reter para futuras referências neste blogue)? As pessoas têm de se adaptar às situações, não é verdade?

 

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Deste modo, fiz o montinho de livros que a fotografia de cima mostra, alguns dos quais já foram aparecendo por aqui nos últimos tempos. Até lhes vou dedicar uma secção especial na estante, para mais depressa os alcançar quando chegar a altura certa (ou seja, quando tiver um pedacinho de tempo livre de estudos ou trabalho). Ainda há outros tantos a serem lidos, mas achei que este seria um montinho realista, de "apenas" 16 livros - representando 4 línguas e muitos géneros literários, desde a autobiografia até à ficção mirabolante, passando pela crónica histórica e pelo romance de faca e alguidar -  que constituem um objectivo congruente com a minha disponibilidade e personalidade.

 

Finalmente, também vos desafio a fazerem um montinho com livros para ler em 2015, mas que já façam parte da vossa biblioteca pessoal, e a partilhá-lo com a blogosfera, tal como eu fiz. O que acham da ideia? =)

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Pausa para ler... e escrever

por BeatrizCM, em 23.12.14

Estou a ter agora uma ligeira pausa dos afazeres da faculdade, pelo menos em parte. Continuo a trabalhar um bocadinho aqui e ali, o estudo continua a fazer parte da minha vida, mas estou a meio gás até Janeiro. Por isso, vou tentar compensar um pouco nos próximos dias e actualizar este blogue com mais conteúdos literários ou, seja como for, sobre mais amores e desamores acerca de livros, em que outros amantes (de livros) se consigam rever.

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Últimas leituras - As Crónicas de Nárnia

por BeatrizCM, em 21.12.14

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Desde os dez ou onze anos que adoro As Crónicas de Nárnia. Na altura, li apenas metade dos livros, um aqui e outro ali, sem ordem cronológica ou qualquer outra ordem. No entanto, no mês passado, li-os todos seguidinhos, no espaço de uma semana e meia. Surgiu a oportunidade de fazer um trabalho para a cadeira de Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa na faculdade e decidi explorar o mundo C. S. Lewisiano, não só as Crónicas, como também alguns outros livros de não-ficção do autor, que me ajudarão a fazer o trabalho. Ah, e outros guias, como o Companion to Narnia, mas deixarei essas aventuras para outro momento.

Agora, venho-vos apresentar as minhas críticas a todos os livros d'As Crónicas de Nárnia no Goodreads.

 

O Sobrinho do Mágico

É impossível alguém não gostar deste primeiro livro das Crónicas de Nárnia, qualquer que seja a sua idade. É certo que quase todo o enredo faz referência a passagens da Bíblia, em particular ao Génesis, mas compreende-se que, enquanto escritor, C. S. Lewis não se pudesse abstrair completamente da sua fé. Seja como for, "O Sobrinho do Mágico" não deixa de ser uma narrativa agradável, mesmo que não se conheçam as Escrituras (como era o meu caso na primeira vez em que o li, já lá vão mais de seis anos) ou que não se seja cristão ou sequer religioso. Com este livro, são passados valores tão importantes quanto a amizade, a lealdade e a preserverança aos mais pequenos, enquanto os adultos podem reviver a inocência da infância, tão bem retratada pela escrita despretensiosa, mas bastante rica, de Lewis.
Além disso, quem não gostaria de saber como Nárnia nasceu, como começaram as viagens de humanos entre esse mundo e o nosso e, já agora, como é que os irmãos Pevensie conseguiram lá chegar no volume seguinte, "O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa"?

 

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

Não gosto tanto deste segundo volume das Crónicas de Nárnia como gosto do primeiro, mas "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" não deixa de ter o seu encanto.
Anos depois de ter sido apenas Digory, "O Sobrinho do Mágico", voltamos a ver o (agora) professor Kirke, na sua grande casa de família, no campo, onde acolhe os 4 irmãos Pevensie. Para mim, este tipo de continuidade numa saga e todos os detalhes que estabelecem uma relação entre os diversos volumes é um dos melhores aspectos a ressalvar.
Como sempre, Lewis faz, muito subtilmente, a apologia de valores como a amizade, lealdade, justiça e - claro - da importância de um pouco de magia nas nossas vidas.

 

O Cavalo e o Seu Rapaz

Não estava nada à espera de gostar tanto deste terceiro volume das Crónicas de Nárnia. Conta-nos a história de um rapaz chamado Xassta, do seu amigo cavalo Bri, da nobre Arávis e da égua Huin. O que antes me deixava mais reticente era pensar que não tinham uma relação tão directa com Nárnia quanto as restantes personagens da saga. No entanto, descobri que estava enganada, pois tanto os 4 protagonistas de "O Cavalo e o Seu Rapaz" quanto as descrições das paisagens do Sul (com inspiração árabe, imagino) contribuíram para enriquecer a ideia que já tinha do horizonte de Nárnia.

 

O Príncipe Caspian

Adoro as Crónicas de Nárnia, mas penso que este seja um dos capítulos de que menos gosto. Apesar de se chamar "O Príncipe Caspian", este pouco protagonismo tem, em comparação aos reis Peter, Susan, Edmund e Lucy, excepto no início da história. No entanto, mesmo que, no final, valha 3.5 estrelas em 5, não deixa de ter o seu encanto e riqueza em termos de ensinamentos para a vida, ou não tivesse sido escrito por C. S. Lewis.

 

A Viagem do Caminheiro da Alvorada

Não sei até que ponto é que esta não passa somente de uma opinião pessoal, mas entendo "A Viagem do Caminheiro da Alvorada" como uma alegoria para uma viagem espiritual.Caspian procura consolo e redenção através da busca pelos companheiros desaparecidos do seu pai (todos eles, por sua vez, fizeram a mesma viagem, perecendo ou sobrevivendo consoante os seus valores morais); Eustace aprende a ser altruísta e a dar valor à amizade; Edmund e Lucy vivem a sua última aventura de criança, aprendendo e preparando-se para a vida adulta através dos seus erros e ao observarem os dos adultos; Ripitchip procura glória e calma felicidade.
Talvez um dos livros das Crónicas de Nárnia em que a metáfora é melhor conseguida.

 

O Trono de Prata

História um pouco desapontante para quem procura mais aventuras alegóricas e moralmente edificantes. No entanto, não deixa de ter um bom enredo e de ser um bom conto.

 

A Última Batalha

Nunca gostei tão pouco de um final, em particular depois de uma saga tão rica e entusiasmante. Segundo um dos grandes amigos de Lewis, Tolkien, não deveríamos procurar um final feliz (eucatástrofe) nas histórias de fantasia? Quer dizer, "A Última Batalha" tem um final feliz, mas imensamente triste e pouco satisfatório para o leitor, ao mesmo tempo. Considero-o um final sem qualquer réstia de esperança e fé - infelizmente, apenas possíveis na morte ou num mundo paralelo.

 

E que melhor saga para ser lida durante as férias de Natal? Aproveitem e embarquem nas viagens imaginadas por C. S. Lewis! Não perquem tempo: um segundo na Terra pode corresponder a mil anos em Nárnia!

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