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Últimas leituras - "A Jangada de Pedra"

por BeatrizCM, em 30.07.15

Finalmente, um tempinho para voltar a leituras saramaguianas! Que felicidade. Fiquei um pouco desapontada com este romance, A Jangada de Pedra, mas ele também me trouxe algumas alegrias.

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Acho que ficou tudo dito nesta review no Goodreads:

Há mais ou menos dois anos que não lia nenhum romance escrito por Saramago. Por isso, este Verão senti vontade de ler A Jangada de Pedra. Escolhi guardá-lo para depois de o período lectivo acabar, uma vez que reconheço a complexidade da escrita saramaguiana - e não me refiro particularmente à disposição da pontuação, mas sim aos significados implícitos, às piadas e críticas à sociedade escondidas, ao que, em geral, a escrita corrida tem tendência a camuflar.
Finda a leitura, fico feliz por tê-la guardada para uma altura do ano mais calma, em que já tice disposição e disponibilidade mental para apreciar este romance.
Ao contrário do que muitas vezes acontece, à parte a síntese da contracapa do livro, não fiz questão de ler mais resumo ou opinião nenhuns acerca dele. Não tive nenhuma expectativa inicial e valeu a pena, pois cada novo desenvolvimento no enredo foi uma surpresa para mim. Como sempre, as personagens dos universos saramaguianos têm um estilo próprio, que pessoalmente consigo entender, mas não explicar. Neste romance, até um cão é elevado ao estatuto de protagonista e talvez o que mais me tenha surpreendido tenha sido a quantidade de protagonistas, é isso mesmo: cinco.
Dada a conjuntura económica e política europeia neste Verão de 2015, com toda a polémica acerca de a Grécia se estar a afastar (ainda que metaforicamente) da União Europeia, e de por ela estar a ser negligenciada ou até discriminada em relação aos restantes países membros, A Jangada de Pedra de Saramago, escrita há quase trinta anos, quase se poderia tratar de um prenúncio - é, de facto, uma leitura muito oportuna para estes últimos (e próximos) meses.
Atribuí apenas quatro estrelas ao romance porque, em primeiro lugar, achei o ritmo da narrativa um pouco lento. Apesar de estarem a acontecer vários incidentes a um ritmo constante, parecia que nalguns capítulos não se verificava muita evolução e, assim, cheguei a perder alguma motivação momentânea na leitura. No entanto, esta é somente uma preferência pessoal e em nada tem que ver com a qualidade da escrita de Saramago. Em segundo lugar, não fiquei agradada com o final e quase o achei "martelado", para que a história não ficasse mais comprida. Muitos finais gloriosos (de um ponto de vista literário) permanecem em aberto, mas o d'A Jangada de Pedra termina demasiado abruptamente.

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Últimas leituras - "How To Be Idle"

por BeatrizCM, em 24.07.15

Chegou o dia em que posso dizer que li um livro recomendado pelo meu namorado. Sei que parece uma tolice, mas adoro a ideia de podermos partilhar os dois um interesse, como é o caso dos livros (que é o meu maior interesse, e um dia espero também podermos partilhar o interesse pela música, que é o maior interesse dele). How To Be Idle (tradução aproximada: Como Ser Ocioso) de seu nome, de origem britânica, assinado por Tom Hodgkinson (o meu novo ídolo no mundo dos trabalhadores freelancers), desafia muitos dos dogmas da nossa sociedade. Demorei a lê-lo (de Fevereiro a Julho, salvo erro), mas valeu a pena deixar algumas ideias a marinar durante estes meses, antes de avançar mais na leitura!

 

Já agora, uma vez que os livros do Book Depository demoram quase um mês a chegar, decidi ler este How To Be Idle em formato e-book, por ser mais prático e rápido de obter. O ficheiro PDF é facilmente encontrado através dos motores de busca, por isso façam-se ao bife! Em breve, escreverei qualquer coisa sobre a leitura de e-books - hoje não é o dia, mas prometo que fica para os próximos dias.

 

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 Crítica no Goodreads a How To Be Idle, do ocioso Tom Hodgkinson (a que atribuí 4 estrelas):

Quando o meu namorado me recomendou How To Be Idle, julguei que este seria "mais um livro" constituído por meia dúzia de teorias parvas anti-capitalistas, uns quantos bitaites a elogiarem o ócio e a preguiça.
No entanto, logo a partir das primeiras páginas, percebi que me havia enganado. How To Be Idle é, principalmente, um livro que nos apresenta teorias fora da caixa e que nos obriga a pensar sobre a economia e história mundial e sobre a história da economia - não só apresentando a opinião do seu próprio autor, como também de muitos outros, desde filósofos da Grécia antiga, até filósofos contemporâneos, passando pelos medievais e pelos iluministas.
Será que o mercado de trabalho sempre se estruturou do modo que conhecemos? Que hábitos de lazer adoptaram os indivíduos ao longo dos tempos? Que outras formas de equilibrar trabalho/emprego com o ócio é que existem? E qual a diferença entre trabalhar e ter um emprego? Estas são algumas questões que, surpreendentemente, vi respondidas.
Outra característica surpreendente deste livro é a sua sustentação teórica muito sólida. Não são deixadas pontas ao acaso. Os argumentos são todos muito fortes e nota-se que o autor, Tom Hodgkinson, é um homem culto e que leu imenso para poder escrever How To Be Idle.
A única razão que encontro para atribuir 4 estrelas em vez de 5 a este livro é tê-lo achado demasiado extenso e extensivo nalguns capítulos que, me pareceu, caíram na redundância e no exagero de citações de outros autores - mas trata-se apenas de uma preferência pessoal pelo que é sucinto e directo

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Últimas leituras - "O Filho de Mil Homens"

por BeatrizCM, em 17.07.15

Alguns dias depois de terminar a leitura deste livro que vos apresento já de seguida, surgiu-me este pensamento: que melhor história do que esta, para nos levar a concluir que, inevitavelmente, todos nós somos constituídos pelos outros também? Que todos temos um bocadinho... de todos?

Estou a falar d'O Filho de Mil Homens, de Valter Hugo Mãe. Que bela surpresa, que enredo magnífico, que contador de histórias maravilhoso!

 

Sem mais a acrescentar, esta foi a minha opinião sobre O Filho de Mil Homens, deixada no Goodreads:

Foi o primeiro livro que li de Valter Hugo Mãe.
Não estava à espera de uma história com tanto significado, que em tanto se assemelha à sociedade portuguesa actual. A homossexualidade, a adopção, o adiamento de ter filhos, a efemeridade das relações - todos estes são temas que o autor vai abordando, permitindo ao leitor uma oportunidade de reflexão. Afinal, reflectimos melhor quando existe um certo distanciamento pessoal e social acerca dos assuntos.
As personagens não me pareceram escolhidas ao acaso. Talvez o enredo tenha sido tecido sem um rumo pré-definido, mas todas as peças encaixaram no final, todas as peças que compõem o emaranhado de histórias que Valter Hugo Mãe escreveu.
O cenário sem tempo e sem sítio, apenas com alguma descrição física (uma vila, alguns montes e uma praia) e dos seus habitantes, é uma das características de O Filho de Mil Homens que foi conseguida de melhor forma.

Em geral, curiosamente, achei a escrita de Valter Hugo Mãe muito semelhante à de José Luís Peixoto - até as personagens e o espaço criados me pareceram semelhantes.

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Já vos disse o quanto adoro a colecção de livros dos Diários da Princesa? Então, era óbvio que, mal o último livro, o 11º, depois de tantos anos após o 10º, saísse (e fosse pirateado, vá), eu o iria ler... não - era óbvio que o iria DEVORAR! Já saiu no mês passado, mas entretanto fui-me esquecendo de publicar aqui a minha opinião sobre ele.

Pronto, pronto, pronto. Emoções literárias à parte, não existe nenhuma fotografia do livro, como as de sempre, porque li o The Princess Diaries XI - Royal Wedding no tablet (seria incapaz de esperar para aí um mês até que ele chegasse fisicamente a Portugal, além de que, nesta altura do campeonato, quanto menos dinheiro eu gastar em livros, melhor).

 

 

Passemos à minha opinião meeeega apaixonada sobre mais um diário da princesa Mia que me apaixonou tanto ou ainda mais que todos os anteriores!

 

Alguma vez poderíamos pedir melhor colecção "Young Adult" do que os Diários da Princesa (vá, e Harry Potter)? Sou fã há anos, leio todos os livros avidamente e este último Royal Wedding não desapontou. Há algum tempo que não me ria tanto a ler. Meg Cabot pode não ser a próxima condecorada com o Nobel da Literatura, mas as suas referências à cultura pop norte-americana, as observações que tece sobre as personagens e a interacção que as faz estabelecer entre si são insubstituíveis. Adoro-a como criadora de ambientes e de personagens-tipo! Este livro entusiasmou-me verdadeiramente e só parei de o ler praticamente quando não havia mais história, quando cheguei ao fim. E ainda fiquei com vontade de mais!
Neste registo mais adulto, repleto de referências sexuais e assuntos mais maduros, Meg Cabot não deixou de apimentar os preparativos para o Royal Wedding, tal como já havia feito com os bailes de finalistas, com os grandes marcos para a princesa Mia enquanto futura governante de Genóvia, com os namoros da escola secundária, com o início, o fim e o regresso de Michael... Foi delicioso, ao fim de tantos anos e livros, assistir literariamente ao derradeiro passo do meu casal preferido dos livros. É tão fácil querermo-nos reflectir neste amor que já conta com 11 ou 12 anos e que sobreviveu a tanto. Neste caso, a ficção torna-se tão próxima e tão longínqua da realidade, que nem sei como descrever a relação Mia-Michael, que revela tanta amizade e tanta paixão, mas que está presa às páginas dos livros!

Obviamente, adorei os "percalços" de Royal Wedding, mas não os vou contar aqui, por perigo de revelar as grandes surpresas a quem ainda não lhe pegou!

Como se pode verificar, continuo a vibrar com as aventuras da princesa de Genóvia!

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Tenho os livros que comprei na Feira do Livro de Lisboa em 2014. Tenho ainda alguns dos livros que comprei em Inglaterra, quando fiz o intercâmbio em Newcastle. Tenho ainda um dos livros que trouxe de Bruxelas. Tenho a maioria dos livros que trouxe de Paris. Tenho aqueles que fui pirateando na Internet e que hei-de ler no tablet (enquanto escrevo isto, estou também a fazer o download do quarteto The Giver). E acho que é tudo. Tudo isto está em atraso. Todos estes livros por ler! Todas estas histórias por viver e estes conhecimentos por entender!

Poesia rasca à parte, estou muito feliz por estar, finalmente, de férias. A trabalhar, mas de férias. De férias das leituras para a faculdade, pelo menos, que me deixam com menos vontade e tempo para ler por recreação.

 

(se é que me entendem)

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