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Há muito tempo, acho que desde o início da licenciatura, que conheço o nome Zigmunt Bauman, por causa da obra Amor Líquido, mas só no mês passado finalmente peguei num livro seu: Confiança e Medo na Cidade. A minha visita à biblioteca da FLUL coincidiu também com alguma inquietação que senti em relação aos últimos acontecimentos deste ano - a vaga de refugiados na Europa e os ataques terroristas em Paris - por isso tentei encontrar leituras que me ajudassem a esclarecer essa inquietação.

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No final, atribuí 5 estrelas a Confiança e Medo na Cidade de Zigmunt Bauman:

Depois dos ataques terroristas no dia 13 de Novembro de 2015, depois da chegada de milhares de refugiados ao espaço europeu, muita é a agitação na cidade, tanto no território quanto no meio virtual. Por isso, tenho investido algum do meu tempo a reflectir sobre o que se tem escrito e dito sobre o assunto: o que deveremos fazer? Devemos acolher os refugiados ou reenviá-los para os seus países de origem? E qual a reacção mais apropriada, perante a ameaça terrorista? Terá a chegada de refugiados à Europa criado condições propícias à chegada simultânea de terroristas?
Com este Confiança e Medo na Cidade, pude articular algumas conclusões em que já tinha pensado mas que Zygmunt Bauman apresenta de forma sistematizada. Os temas mais significativos são a relação com o "outro", com o estrangeiro, a organização e planeamento do território da cidade e a vigilância permanente.

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2016: ano de releituras

por BeatrizCM, em 18.12.15

Desde 2013 que dediquei o meu tempo de leitura a primeiras leituras, talvez por culpa do Goodreads, que ainda só contabiliza uma por livro. Durante três anos, devo ter relido qualquer coisa apenas uma ou duas vezes. Por isso, decidi que 2016 vai ser um ano de releitura, mais do que de leitura. Parece-me muito oportuno, uma vez que, prestes a terminar a licenciatura, tenho imensa curiosidade em saber até que ponto a minha perspectiva sobre alguns dos meus livros preferidos de todo o sempre se terá alterado.
Depois de ter aprendido tanto sobre literatura e sobre livros em geral, continuarei a ver os livros com os mesmos olhos, achá-los-ei ainda mais ricos ou virei a sofrer desilusões graves - por, desta vez, já os compreender melhor, por me escaparem menos pormenores?

 

2016 será o ano para a redescoberta dos livros que me marcaram. E para vocês?

 

Deixo-vos as duas listas provisórias do que pretendo ler e reler no próximo ano (sujeitas a desvios e alterações, evidentemente).

 

Para reler:
Eneida - Virgílio
Ilíada- Homero
Odisseia - Homero
A Promessa da Política - Hannah Arendt
O Complexo de Portnoy / Portnoy's Complaint (ainda não sei se releio a tradução da Dom Quixote ou se encomendo a edição original) - Philip Roth
Onze Tipos de Solidão - Richard Yates
Formar Leitores para Ler o Mundo - vários
Not for Profit - Martha Nussbaum
Educação Intercultural e Aprendizagem Cooperativa - María José Díaz-Aguado


Para ler:
The Picture of Dorian Grey - Oscar Wilde
Walden - Henry David Thoreau
Charlie and the Chocolate Factory - Roald Dahl
Ulysses - James Joyce
The Hobbit - J. R. R. Tolkien
Community - Zigmunt Bauman
Seara de Vento - Manuel da Fonseca
Mau Tempo no Canal - Vitorino Nemésio
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós
O Regicida - Camilo Castelo Branco
Manual da Pintura e Caligrafia - José Saramago
A Literatura Ensina-se? - Carlos Ceia
O Leopardo - G. Tomasi de Lampedusa
O Existencialismo é um Humanismo - Jean Paul Sartre
Cien Años de Soledad - Gabriel García Márquez
Vivir Para Contarla - Gabriel García Márquez

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Últimas leituras - "Cal"

por BeatrizCM, em 12.12.15

Cada vez me sinto mais triste com este autor, que, ainda assim, continua a ser dos meus favoritos. Espero que seja só uma fase minha/dele. Que o livro Cal, de José Luís Peixoto, tenha sido "só impressão minha".

Excepcionalmente, retirei a imagem do livro da Internet, porque li um exemplar da biblioteca da FLUL.

Crítica no Goodreads a Cal (a que atribuí 3 estrelas):

Este livro foi uma das minhas maiores desilusões na literatura. Para começar, não possuía qualquer indicação acerca do género, que me pudesse preparar para a leitura de Cal: comecei a ler um livro de crónicas, ou de pequenos contos, com uma peça de teatro lá pelo meio, a pensar que iria sair dali um romance.
Obviamente, também me senti desiludida devido à falta de abrangência de temas nos livros de José Luís Peixoto. Quando lemos uma data de histórias que se passam no mesmo cenário ou em ambientes semelhantes e que nos trazem personagens parecidas, ficamos - enquanto leitores - desmotivados pela ausência de novidade.
Até a qualidade das histórias contadas em Cal é medíocre. Não encontrei nenhuma inovação, nenhum trecho cujas características de escrita me empolgasse, nem nenhuma ideia que me desafiasse à reflexão. Excepto um ou outro texto deixado para o final, Cal mostrou-me uma face monótona e indesejável de um dos meus escritores portugueses favoritos. Esforcei-me por gostar deste livro de JLP, mas não fiquei com vontade de lhe pegar de novo.

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Os números de Harry Potter

por BeatrizCM, em 11.12.15

 

Sei que não tenho marcado presença neste blogue, mas em breve tentarei actualizá-lo com as minhas últimas leituras. Entretanto, fiquem com este vídeo-sumário sobre os livros Harry Potter. Vão achá-lo um mimo!

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De vez em quando, todos nós precisamos de leituras levezinhas que não nos pesem muito na cabeça. Comigo, o assunto arruma-se com romances da carochinha, de preferência que se passem em Nova Iorque (não me perguntem a relação, devo apenas gostar da ideia cosmopolita).

Os últimos dois livros deste género foram os dois "qualquer coisa" - Something BorrowedSomething Blue, de Emily Giffin.

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 Estas foram as reviews que deixei no Goodreads...

 

Something Borrowed (4 estrelas):

A avaliação elevada que atribuo a este livro é tendenciosamente inflacionada, dadas as minhas expectativas acerca dele. Tratando-se de "chick lit", ninguém deve esperar que das suas páginas venha a emanar uma escrita intelectual, reflexões profundas acerca da condição e sociedade humanas, que todo o talento e inspiração do Homem se condensem nestas 300 páginas.
Seja como for, a minha atitude para com Something Borrowed não é de condescendência, mas sim de compreensão e de aceitação quanto ao género literário a que pertence. Inclusivamente, já o tinha lido há uns anos, na sua tradução portuguesa, e visto o filme logo que ele saiu e ainda mais uma ou duas vezes mais recentemente - sempre a adorar o enredo.
Depois destas duas experiências agradáveis, a fílmica e a literária, a curiosidade sobre como eu encararia o romance se o viesse a ler mais uma vez na sua versão original prevaleceu.
Por isso, aqui vos venho confirmar: esta é literatura light. Posso compará-la até com as novelas de horário nobre: dentro do seu género, muitas têm qualidade e entretêm, emocionam e prendem o seu público. É isso que se espera de uma história de amor simplificada e mesmo utópica, aclichézada.
A escrita não é composta, não abundam experimentalismos linguísticos, nem descrições pormenorizadas e pomposas acerca dos cenários e das personagens. Há apenas lugares comuns com que, por acaso, muitos leitores (leitoras, na sua maioria) se conseguem identificar e que são facilmente imagináveis. E acabam por ser estas mesmas características que tornam a leitura tão aprazível. Não é preciso investir-se muito esforço nela.
Assim, estou em pulgas para passar à continuação da história de Something Borrowed: Something Blue.

 

Something Blue (5 estrelas):

Tal como Something Borrowed, o livro Something Blue tem um enredo simples, sem grandes floreados e até é previsível. É "chick lit" e pronto. É um excelente entretenimento.
Desta vez, o segundo "Something" de Emily Giffin é narrado do ponto de vista da antagonista do primeiro, Darcy Rhone. Ao contrário da sua antiga melhor amiga, Rachel, Darcy é uma personagem que nos irrita bastante enquanto leitores. É teimosa, arrogante, egocêntrica... Uma peste que é facilmente odiável. E a forma como a autora lhe dá voz pelas palavras consegue-nos fazer odiar a Darcy, sem dúvida.
Como em qualquer obra de literatura light, a imprevisibilidade acaba por constituir um trunfo. Não querendo semear demasiadas pistas acerca da história, desde a partida de Darcy para Londres torna-se quase evidente de que modo é que a trama vai (tem de...!) terminar. Consequentemente, a ânsia que eu senti, e que talvez outros leitores também sintam, deriva da vontade e da necessidade de confirmar aquilo de que suspeitava. É uma espécie de impaciência perante a acção, passamos a querer saber mais e a devorar as últimas cem ou duzentas páginas de rajada.
Além disso, é relativamente tentador simpatizarmos com algumas personagens, principalmente com o Ethan, que tanto tempo permanecera no segundo plano em ambos os "Something".
Sem pretensões a obra literária do ano, Something Blue ultrapassa até as expectativas criadas por Something Borrowed. Quem adora finais felizes, casamentos e bebés há-de ficar com a lágrima fácil. 

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Últimas leituras - "O Meu Irmão"

por BeatrizCM, em 17.11.15

Está aberta a época de leituras na Fnac (aliás, desde A Metamorfose)! Como a crise chega a todos e os livros novos não custam menos de 15€, aproveito alguns furos de 4h e de 5 horas e meia entre aulas da manhã e da tarde para me pôr a jeito na Fnac.

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Quanto ao livro O Meu Irmão, o primeiro romance de Afonso Reis Cabral e o primeiro vencedor do Prémio Leya com que alguma vez entrei em contacto, tenho a confessar que fiquei desiludida. Sim, o enredo era promissor, a forma de contar era engraçadita, mas nada passava de medíocre. Raramente me senti surpreendida ao longo da leitura.

Para quê mais palavras, se a minha opinião acerca d'O Meu Irmão já anda pelo Goodreads?

Comecei a ler este livro sem qualquer expectativa, apesar de ter recebido o Prémio Leya 2014. Ao fim de algumas dezenas de páginas, passei a ficar dividida: este é ou não é um bom livro, bem escrito? E, mesmo depois de o ter terminado, continuo a senti-lo como agridoce.
Em suma...
Pontos fortes: enredo (e, particularmente, o seu culminar) inesperado, construção bem conseguida do clímax que nos vai conduzindo até à última página, personagens improváveis, boa descrição de uma aldeia e seus habitantes no interior de Portugal (apesar pretensiosamente caricatural), estruturação criativa do texto e dos "à partes" do narrador participante na história.
Pontos fracos: escrita desengraçada, sem nada de surpreendente, recursos linguísticos pouco satisfatórios, referências a locais que não são como o autor os descreve (suspeito de que, nos anos 80 ou 90, não houvesse restaurantes nas imediações da Cidade Universitária ou da Faculdade de Letras - nem hoje os há, só mesmo os bares dentro das faculdades).
Parecendo que não ao leitor mais desatento, a qualidade da escrita, a falta de descrições satisfatórias, veio angustiar-me muito. É que, sendo a sua presença tão constante ao longo de toda a história, não percebi nada - nadinha! - de como é que é suposto a Luciana ser fisicamente. Sim, está bem, é deficiente, magra, tem a cara e o corpo esquisitos... Mas como??
E, agora que me lembro (o que até considero um aspecto positivo)... A aparência do narrador foi sempre ocultada, não foi? Como é que será esse professor? Será alto, baixo, rechonchudo ou espadaúdo? E como se chamará mesmo? Até é engraçado sermos deixados a pensar.
Na via das dúvidas, e esperando por mais livros escritos por Afonso Reis Cabral, atribuo 3 estrelas ao seu primeiro. Ainda é muito prematuro fazer considerações acerca do autor e da sua criação literária.

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Os meus interesses académicos são variados. Na verdade, qualquer tema das humanidades ou das ciências sociais consegue cativar-me. 

Por isso é que adoro estudar o que estudo! E não hesito em ler os livros recomendados pelos professores. Este Ethics, uma curta introdução escrita pelo professor Simon Blackburn, até já foi lido pelo Ricardo porque eu gostei tanto de o ler, achei-o tão conciso, que não descansei enquanto não vi a leitura partilhada.

Já agora, a edição anterior do livro tinha outro título Being Good.

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 A explicação das 4 estrelas que atribuí a Ethics no Goodreads:

Não estava à espera que esta leitura me agradasse. Comecei a ler a introdução à ética de Blackburn sem expectativas, mas acabei por gostar da organização do livro e de como o autor coloca em análise questões do dia-a-dia, sob o escrutínio de teorias de pensadores muito afamados.
Na verdade, qualquer leitor que tenha estudado Filosofia na escola já terá conhecimento da maioria dos conteúdos expostos. O que é, de facto, mais relevante, aquilo que devo destacar é a capacidade de sintetização e compilação de Blackburn.
O ponto mais fraco que tenho a apontar acerca desta introdução à ética é o ocasional devaneio do autor, o que me deixou algumas vezes a pensar "mas o que é que isto tem que ver com o assunto?".
Recomendo o livro a novos alunos de ciências sociais ou humanas.

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Últimas leituras - "The Giver"

por BeatrizCM, em 23.10.15

Comecei a ler The Giver com a intenção de experimentar o conforto da leitura nas aplicações do tablet que comprara recentemente. Também já tinha feito o download do quarteto homónimo, ou seja, tanto The Giver quanto os restantes três livros que se agrupam com ele numa colecção, por isso até me sentia curiosa e tentada. O bichinho que o filme me deixara uns meses antes dava cada vez mais sinal da sua presença - será que me iria desiludir?; será que o livro se revelaria ainda melhor do que a adaptação? Só me faltava arranjar uma desculpa para o descobrir. E arranjei.

No Goodreads, dei 4 estrelas ao primeiro livro do quarteto The GiverFiquei com a impressão de que, decididamente, Lois Lowry é uma escritora cheia de talento e visão, o que falta bastante no mercado infanto-juvenil (já chega de vampiros, não é?)

Adorei o início da história, graças às premissas da fundação da sociedade onde vive Jonas, o protagonista: as regras, a ausência de espírito crítico, a ausência de emoções fortes, a precisão de linguagem, a atribuição de tarefas e de empregos, a interacção entre cidadãos, o sistema educativo, a constituição de unidades familiares, o nascimento e a "libertação" dos indivíduos.
Apesar de ser notório que este é um romance de ficção científica/distópico criado essencialmente para um público de leitores mais jovens, é daquelas histórias com que qualquer leitor se conseguirá familiarizar e que poderá apreciar.
Há todo um caminho de descoberta a ser percorrido ao longo das páginas. Rico em diálogos e pensamentos e disposições de Jonas, li The Giver com muita facilidade, rapidez e ansiedade em chegar ao próximo capítulo.
Rico feliz por este livro existir, para que leitores de uma faixa etária mais jovem sejam colocados a pensar sobre o funcionamento das sociedades numa tenra idade. Uma concepção de sociedade que possa parecer simplista para os leitores adultos é, na verdade, um início de reflexão indispensável para as crianças e adolescentes.
Acabei por não atribuir cinco estrelas ao livro, mas sim quatro, pois a qualidade do enredo foi diminuindo a partir do meio da história, piorando gradualmente até ao final. No entanto, considero que seja provável que está opinião seja estritamente minha, não partilhada por outros leitores. Eu é que fiquei surpreendentemente desiludida com o desfecho apressado de The Giver. Pareceu-me que, de repente, a autora teve uma data de entrega do manuscrito para cumprir e que teve de o terminar rapidamente.
Além disso, deixa-me triste que o destino de Jonas em Elsewhere não seja aprofundada.

Já agora, não esperem que o livro seja estritamente parecido ao filme. Há muitas diferenças entre o original e a adaptação subsequente que modificam radicalmente a história.

 

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No início do ano lectivo, durante a transição entre as férias e o trabalho árduo, uma leitura levezinha e curta cai que nem um cachecol em dias de vento: é necessária. Assim o fiz! Já tinha este livro há tanto tempo na estante que, coitadinho, já merecia uma atenção. Além disso, era um crime que eu nunca tivesse lido nada escrito por Gabriel García Márquez - mesmo depois de ler Ninguém Escreve ao Coronel, ainda sinto que preciso de ler alguma das suas grandes obras!

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Atribuí 4 estrelas a Ninguém Escreve ao Coronel e a minha crítica no Goodreads foi:

Surpreendi-me com este conto. Não sei se pela negativa, se pela positiva, mas não esperava que um galo se encontrasse no meio da trama, assumindo tamanha importância, tamanha centralidade (nota-se que não li nenhuma sinopse previamente).
Também me surpreendi com a simplicidade da escrita e criação de García Márquez: parágrafos curtos, diálogos q.b., poucas personagens, pouca evolução física, espacial e temporal. Nota-se apenas uma valorização do ambiente psicológico, por insistência na disposição dos protagonistas (fome, desespero, impaciência, frustração, impotência).
É de valorizar igualmente a contradição entre a presença do galo de combate, que se revela um factor de tensão, e o que o animal simboliza - boa sorte, esperança, segurança, No entanto, confirmam-se outros significados que são transversais à história, como a coragem.
Gostei bastante do final, sintético, mas impactante,também ele em sintonia com a simplicidade de todo o enredo.

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Reviews e pseudo-academismo

por BeatrizCM, em 19.10.15

Tenho usado a rede social Goodreads durante os últimos três anos e tenho habitado a blogosfera por seis ou sete. Ao longo deste tempo, tenho sempre andado a cuscuvilhar a opinião de outros leitores acerca de livros que potencialmente me possam agradar, tanto no Goodreads quanto em blogues, mas bem que teria poupado muito tempo e nervos se não me tivesse deparado com muitas dessas... reviews, chamemos-lhe assim.

Em geral, os reviewers de sofá podem levar-nos a cometer o maior erro das nossas vidas: não ler um determinado livro, porque fomos ver a sua avaliação média ao Goodreads e ela era de apenas 3 estrelas. Pois.

Felizmente, a pouco e pouco vim a distanciar-me desses bitaites desinformados, alguns ignorantes, outros apenas ridículos. Fartei-me de ser enganada. Como? Eu digo-vos. Comecei a ler as reviews de quem atribuiu melhor avaliação ao livro, assim como as de quem atribuiu as piores. Deste modo, ganho uma perspectiva do que posso esperar de mais positivo e de mais negativo.

No entanto, impõe-se um obstáculo a esta procura de opiniões terceiras: o reviewer que não opina nada, só resume a história. Como eu dizia quando andava no ensino secundário... Tipo, LOL. O mais triste é que a maioria dos utilizadores do Goodreads, por exemplo, são adeptos desta moda.

É que eu não quero ler resumo nenhum!!! Para resumo, vou procurar o índice do livro, ou vou à Amazon, ou vou à Wook ou vou ao Book Depository para encontrar a sinopse. Não preciso que os leitores pseudo-académicos se armem em chicos-espertos e me resumam as linhas principais das histórias ou dos ensaios (ainda por cima, abundando erros ortográficos). DAH! 

Quando alguém vai ao Goodreads, vai procurar reviews que contenham uma análise ao livro (ok, até aqui está tudo bem), vai procurar opiniões sobre se deve ou não lê-lo, razões que o justifiquem e o que poderá eventualmente esperar dessa leitura.

NÃO VAI À PROCURA DE RAIOS-AS-PARTAM SINOPSES EM SEGUNDA OU TERCEIRA MÃO!!! (Como devem calcular, encontro-me muito irritada devido a uma incursão recente ao perfil goodreadsiano de um livro que estou a ler.)

Pensem... É como ir a um Clube de Leitura. Quem lá está já leu as obras em apreciação, não precisa que lhas mastiguem.

 

TL;DR: vim por este meio incitar à actividade opinatória acerca de livros na Internet que não inclua resumos, sinopses, índices improvisados, muita palha e pouco sentido crítico; ao julgamento e a difusão de opiniões literárias construtivas, justificadas e não odiosas.

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