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Da saga "os meus amigos emprestam-me boas leituras"... Os Guerreiros do Arco Íris, de Andrea Hirata!

 

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Apesar de não o considerar um livro extremamente bem escrito, talvez porque a tradução para português não é das mais ricas, estes Guerreiros conquistaram-me.
O que parece ser uma espécie de narrativa da infância do próprio autor leva-nos a uma ilha exótica, linda, mas muito pobre. Os seus habitantes vivem subjugados por um monopólio capitalista que quase os divide em castas, mas, no meio de tanta miséria, uma turma de onze alunos marca a diferença é insiste em contrariar o destino.
Mais do que uma narrativa literária, esta é uma história que nos inspira a acreditar num futuro melhor, ao providenciarmos uma instrução decente às crianças de todo o mundo. O relato de Andrea Hirata obriga-nos a repensar as nossas prioridades e a reflectir sobre a perserverança e a lealdade.

 

No fim, dei-lhe 4 estrelas.

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Finalmente, entreguei o trabalho de História, Memória e Literatura a 30 de Abril - há um mês! Tenho andado verdadeiramente afastada deste blogue. Sei que não tenho publicado nada nos últimos tempos, mas as pseudo-férias aproximam-se e, principalmente a partir de Julho, estarei mais à larga para ler muitos livros e para vos contar sobre as minhas leituras.

Já acabei de ler o Biografia - José Saramago vai fazer umas largas semanas, mas não vos queria deixar sem a minha opinião partilhada por aqui. O livro pertencia à biblioteca da minha zona, tive de o entregar, por isso é que não mostro a foto personalizada do costume. Fico-me pelas capas das suas diversas edições!

 

 

 A crítica a Biografia - José Saramago, de João Marques Lopes, no Goodreads:

Surpreendentemente - pelo menos, para mim - esta parece-me uma biografia bastante completa de Saramago, muito bem articulada com a sua obra. No entanto, acho que também sofre de problemas muito graves.
A falta de referências bibliográficas, perante citações retiradas de outros livros/artigos/reportagens é o problema mais imediato. É certo que esta foi uma leitura recreativa q.b., mas fi-la igualmente pela necessidade e sede de reunir informação para um trabalho da faculdade; por isso, não conseguir obter as indicações completas das fontes (obra, autor, capítulo, página, data) não me foi nada prático.
Outra das grandes falhas é a evidência e transparência do autor, em relação à figura de Saramago - isto é, de dedicada devoção e admiração. Também eu o idolatro, mas é suposto uma biografia ser uma obra objectiva e isenta de opiniões pessoais da parte de quem a escreve, ou seja, jornalística. J. M. Lopes pecou, ou parece pecar, por exagero de emoção, como quem defende o seu amo perante as ditas injustiças de que foi alvo.
Sem serem estes detalhes e outras ninharias, atribuo 4 estrelas ao livro, tendo em conta a sua aprente abordagem social, económica e histórica em relação à vida do Nobel português.
Aconselho uma leitura complementar com Diálogos com José Saramago, de Carlos Reis.

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Últimas leituras - "Malala"

por BeatrizCM, em 02.12.14

Aaaaah, voltei!

Tenho lido imenso e escrito muito pouco, daí a minha ausência. Perdoem-me, colegas. A leitura a muito obriga e nós, como é sabido, queremos lá saber, fazemos o que a vontade nos pede. E eu fiz o que me deu na real gana! No stop reading November! Consequentemente... agora tenho imensas opiniões para partilhar.

 

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Um dos livros que comecei a ler em Outubro e acabei em Novembro foi esta autobiografia, Malala - the girl who stood up for education and was shot by the Taliban, que eu já tinha comprado em Inglaterra no Verão, por apenas 3£.

Decidi-me, finalmente, a pegar-lhe a seguir à Malala ter sido a grande contemplada com o Prémio Nobel da Paz de 2014. Senti que, se já tinha o livro, só tinha era de o ler.

Por isso, pouco a pouco (porque ainda foi uma leitura relativamente grande para quem tinha imensos afazeres paralelos).

Esta é a minha review no Goodreads:

Decidi saber mais acerca da Malala depois de ganhar o Prémio Nobel da Paz há uns meses. Já tinha este livro e não encontrei melhor oportunidade e desculpa para o ler do que essa.
Adorei ler este livro, pela sua dimensão histórica, política e social - e por mais que não seja por ter sido escrito por uma rapariga tão particular como a Malala.
O que poderia ter-se revelado um relato desinteressante acerca da vida e dos sonhos de uma adolescente em breve demonstrou tratar-se muito mais do que isso. Ainda não me inteirei de todo o fenómeno "Malala" e de todos os seus efeitos a nível mundial, mas este livro, escrito pela própria em parceria com a jornalista Christina Lamb, dá-nos uma perspectiva bastante completa acerca do que esta menina paquistanesa, inicialmente anónima, já tentou fazer pelo direito à educação para todas as crianças, em especial para as raparigas. Sendo quase como que uma ode à educação como a melhor arma que alguém pode desejar, este livro fez-me pensar em como, na maior parte do Ocidente, tomamos a escola como garantida, não lhe prestando o devido respeito. Muitos leitores têm dito o mesmo, mas é de frisar que são relatos como os de Malala que nos fazem abrir os olhos acerca de outras realidades alheias à nossa, em que todas as condições para sermos bem-sucedidos, felizes e saudáveis nos são mais ou menos asseguradas.
Com apenas 17 anos, a Malala já viveu no meio de diversas guerras, armadas e não só. A sua luta pela educação resultou numa tentativa de homicídio pela parte dos talibãs, a si e a algumas das suas colegas, e não foi por causa disso que tal luta foi interrompida. Com apenas 17 anos, a Malala tem tudo para continuar a ser um ícone internacional no campo da luta pelos direitos humanos, uma porta-voz cheia de garra para aqueles a quem não é permitido falar.
A escrita deste livro é relativamente simples, notando-se até alguma ingenuidade e jovialidade próprias da idade da Malala quando o escreveu. Para quem espera meros ensaios acerca da educação, que se desencante dessa ideia: todo o relato é um ensaio em si, é uma história pessoal que se tornou uma história universal. O mais complicado de entender poderão ser, porventura, algumas referências culturais menos bem explicadas.

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