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Este livro foi, sem dúvida, um grande abre-olhos no que toca à minha consciência nacional. O que é ser-se português? Será tudo uma construção, uma comunidade imaginária, como a minha professora de Cultura e Sociedade outrora me dava na cabeça durante as aulas? Somos assim como somos só porque calhou ou porque o nosso passado assim o determinou?
Adorei este livro, sem dúvida. Se ainda têm dúvidas se o devem ler ou não, este é apenas um excerto do que vos espera. Aqui segue a minha avaliação no Goodreads:
Uma das maiores qualidades deste livro é associar traços culturais e comportamentais dos portugueses a 800 anos de História, perfeitamente resumida em 300 páginas. Uma vez que Barry Hatton, o autor, vive em Portugal há cerca de 28 anos, é-nos fornecida uma visão exterior, mas não suficientemente alheada da realidade do país. Por isso, acaba por ser um bom ponto de partida para olharmos para nós mesmos e, 100% "tugamente", rirmo-nos e troçarmos do nosso "fado".
Também considero este livro um excelente guia para turistas mais curiosos, assim como para estudantes de história e cultura (como eu). Aliás, qualquer português que o leia há-de se rir um bocadinho e talvez os estrangeiros também o consigam fazer.
É um livro que deve ser lido do início ao fim, sem saltar capítulos ou alterar a ordem de leitura. No princípio, pode parecer desinteressante e "maçudo", mas depois vai-se tornando cada vez mais agradável.
Passei quase todas as 300 páginas a pensar "oh, é verdade, nós somos mesmo assim!".
4,5 estrelas em 5!
[Lembram-se daquela vez em que perdi a cabeça? Esta é a minha opinião acerca do primeiro livro que li desse lote. Já o tinha acabado há um tempo, mas só agora tive disponibilidade para opinar sobre ele.]
Aposto que a maioria das pessoas que adora livros também não se importaria nada de ter uma livraria - eu incluída. No entanto, nem sempre pensamos nas dificuldades que um negócio traz, seja ele qual for, quanto mais uma livraria, numa pequena localidade onde provavelmente os seus habitantes nem têm muito o hábito de ler ou de comprar livros em pequenas lojas, preferindo as grandes cadeias.
Estas foram algumas das conclusões a que chegou Wendy Welch, partilhadas em A Minha Pequena Livraria, um romance que eu interpretei mais como um conjunto de crónicas acerca do quotidiano da livraria "Tales of The Lonesome Pine" do que propriamente como uma história necessariamente contada por ordem cronológica. Através das palavras da autora, podemos (re)viver com ela a sua aventura com o marido, Jack Welch, em como fundaram uma livraria que tinha todas as condições para falhar mas que, aos poucos, se foi tornando um ponto de encontro, quase um centro cultural, indispensável na comunidade de Big Stone Gap, na Virgínia (EUA).
Esta foi a minha crítica no Goodreads:
Adorei a história da Wendy, de quem ela mesma me fez sentir próxima ao longo destas 275 páginas. É uma senhora cheia de humor&amor para oferecer a quem entra na sua livraria, seja fisicamente, seja através do livro que escreveu. Cada capítulo é uma espécie de crónica acerca de um determinado episódio que se passa na livraria Tales of The Lonesome Pine e com a comunidade que se criou em redor dela (desde a sua criação até à actualidade), dos seus eventos e dos seus fundadores - Wendy e o marido Jack. Eles mesmos admitem que imensas pessoas que lhes confessaram também querer ter uma livraria e que, apesar do enorme prazer que a TOLP lhes traz, envolve um enorme esforço pessoal, principalmente nos primeiros tempos.
Este é o livro indicado para quem adora livros e pretende reflectir acerca da sua comercialização do século XXI, incluindo do seu valor de mercado e, é claro, emocional.
A única falha que tenho a apontar é à tradução portuguesa, que apresenta alguns erros imperdoáveis.
E vocês, já leram este livro? Têm alguma sugestão semelhante que gostassem de partilhar?