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No início do ano lectivo, durante a transição entre as férias e o trabalho árduo, uma leitura levezinha e curta cai que nem um cachecol em dias de vento: é necessária. Assim o fiz! Já tinha este livro há tanto tempo na estante que, coitadinho, já merecia uma atenção. Além disso, era um crime que eu nunca tivesse lido nada escrito por Gabriel García Márquez - mesmo depois de ler Ninguém Escreve ao Coronel, ainda sinto que preciso de ler alguma das suas grandes obras!
Atribuí 4 estrelas a Ninguém Escreve ao Coronel e a minha crítica no Goodreads foi:
Surpreendi-me com este conto. Não sei se pela negativa, se pela positiva, mas não esperava que um galo se encontrasse no meio da trama, assumindo tamanha importância, tamanha centralidade (nota-se que não li nenhuma sinopse previamente).
Também me surpreendi com a simplicidade da escrita e criação de García Márquez: parágrafos curtos, diálogos q.b., poucas personagens, pouca evolução física, espacial e temporal. Nota-se apenas uma valorização do ambiente psicológico, por insistência na disposição dos protagonistas (fome, desespero, impaciência, frustração, impotência).
É de valorizar igualmente a contradição entre a presença do galo de combate, que se revela um factor de tensão, e o que o animal simboliza - boa sorte, esperança, segurança, No entanto, confirmam-se outros significados que são transversais à história, como a coragem.
Gostei bastante do final, sintético, mas impactante,também ele em sintonia com a simplicidade de todo o enredo.