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Os meus interesses académicos são variados. Na verdade, qualquer tema das humanidades ou das ciências sociais consegue cativar-me. 

Por isso é que adoro estudar o que estudo! E não hesito em ler os livros recomendados pelos professores. Este Ethics, uma curta introdução escrita pelo professor Simon Blackburn, até já foi lido pelo Ricardo porque eu gostei tanto de o ler, achei-o tão conciso, que não descansei enquanto não vi a leitura partilhada.

Já agora, a edição anterior do livro tinha outro título Being Good.

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 A explicação das 4 estrelas que atribuí a Ethics no Goodreads:

Não estava à espera que esta leitura me agradasse. Comecei a ler a introdução à ética de Blackburn sem expectativas, mas acabei por gostar da organização do livro e de como o autor coloca em análise questões do dia-a-dia, sob o escrutínio de teorias de pensadores muito afamados.
Na verdade, qualquer leitor que tenha estudado Filosofia na escola já terá conhecimento da maioria dos conteúdos expostos. O que é, de facto, mais relevante, aquilo que devo destacar é a capacidade de sintetização e compilação de Blackburn.
O ponto mais fraco que tenho a apontar acerca desta introdução à ética é o ocasional devaneio do autor, o que me deixou algumas vezes a pensar "mas o que é que isto tem que ver com o assunto?".
Recomendo o livro a novos alunos de ciências sociais ou humanas.

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Reviews e pseudo-academismo

por BeatrizCM, em 19.10.15

Tenho usado a rede social Goodreads durante os últimos três anos e tenho habitado a blogosfera por seis ou sete. Ao longo deste tempo, tenho sempre andado a cuscuvilhar a opinião de outros leitores acerca de livros que potencialmente me possam agradar, tanto no Goodreads quanto em blogues, mas bem que teria poupado muito tempo e nervos se não me tivesse deparado com muitas dessas... reviews, chamemos-lhe assim.

Em geral, os reviewers de sofá podem levar-nos a cometer o maior erro das nossas vidas: não ler um determinado livro, porque fomos ver a sua avaliação média ao Goodreads e ela era de apenas 3 estrelas. Pois.

Felizmente, a pouco e pouco vim a distanciar-me desses bitaites desinformados, alguns ignorantes, outros apenas ridículos. Fartei-me de ser enganada. Como? Eu digo-vos. Comecei a ler as reviews de quem atribuiu melhor avaliação ao livro, assim como as de quem atribuiu as piores. Deste modo, ganho uma perspectiva do que posso esperar de mais positivo e de mais negativo.

No entanto, impõe-se um obstáculo a esta procura de opiniões terceiras: o reviewer que não opina nada, só resume a história. Como eu dizia quando andava no ensino secundário... Tipo, LOL. O mais triste é que a maioria dos utilizadores do Goodreads, por exemplo, são adeptos desta moda.

É que eu não quero ler resumo nenhum!!! Para resumo, vou procurar o índice do livro, ou vou à Amazon, ou vou à Wook ou vou ao Book Depository para encontrar a sinopse. Não preciso que os leitores pseudo-académicos se armem em chicos-espertos e me resumam as linhas principais das histórias ou dos ensaios (ainda por cima, abundando erros ortográficos). DAH! 

Quando alguém vai ao Goodreads, vai procurar reviews que contenham uma análise ao livro (ok, até aqui está tudo bem), vai procurar opiniões sobre se deve ou não lê-lo, razões que o justifiquem e o que poderá eventualmente esperar dessa leitura.

NÃO VAI À PROCURA DE RAIOS-AS-PARTAM SINOPSES EM SEGUNDA OU TERCEIRA MÃO!!! (Como devem calcular, encontro-me muito irritada devido a uma incursão recente ao perfil goodreadsiano de um livro que estou a ler.)

Pensem... É como ir a um Clube de Leitura. Quem lá está já leu as obras em apreciação, não precisa que lhas mastiguem.

 

TL;DR: vim por este meio incitar à actividade opinatória acerca de livros na Internet que não inclua resumos, sinopses, índices improvisados, muita palha e pouco sentido crítico; ao julgamento e a difusão de opiniões literárias construtivas, justificadas e não odiosas.

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Depois das sagas "o meu dentista não gosta de Saramago" e "o meu dentista interessa-se pelas minhas preferências literárias", apresento-vos uma nova saga: "o meu dentista diz que eu tenho de ler melhores livros do que aqueles que o Saramago escreveu" (ah ah ah, que engraçado).

E pronto, este foi o primeiro livro que li a conselho e insistência do referido especialista em ortodoncia.

 

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A crítica que deixei no Goodreads ao livro As Velas Ardem Até ao Fim, do autor húngaro Sandór Márai, foi a seguinte:

Antes de ler As Velas Ardem Até ao Fim, julgando o livro pelo título, pensei que se tratasse de mais um romance lamechas.
No entanto, em breve vim a descobrir que, além de lamechas, também é sério.
"Grandes temas" são discutidos pelas personagens, em particular pelo General: amor, amizade, traição, envelhecimento, honestidade, inveja, riqueza, pobreza... Por vezes, a sua análise pode parecer superficial, mas de imediato somos levados a uma reflexão estruturada acerca deles.
Há que sublinhar que este não é um romance típico - divide-se em duas partes distintas, o pré-jantar (constituído pela apresentação das personagens, por algumas das suas memórias e pensamentos, que interpretei como sendo uma contextualização do que se seguiria) e o jantar (em que predomina o monólogo do general, quem acaba por ser o principal narrador de toda a história).

Gostei igualmente do simbolismo da noite (ao cair, ao cerrar-se e ao dar lugar ao amanhecer) e da luz das velas. Sem dúvida, estes pormenores ocupam um lugar central na construção do ambiente da conversa. Aliás, Marái demonstra ser um génio a gerar sentimentos complexos na mente do leitor, através de apontamentos simples.

Quanto à avaliação final deste livro, encontro-me indecisa entre as 4 e as 5 estrelas. Arrepondo, pois, para 5.

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Goodreads: desafio de leitura 2015 (31/40)

por BeatrizCM, em 16.10.15

Até ao momento, li 31 livros em 2015. A minha meta são os 40. Tantos números!

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Tenho ainda as críticas das 6 últimas leituras que terminei para partilhar por aqui. Fá-lo-ei em breve!

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Últimas leituras - "Animal Farm"

por BeatrizCM, em 24.06.15

Prometi a mim mesma que iria tentar ler mais livros em português do que em inglês, mas já me sentia demasiado literário-excluída por nunca ter lido nada escrito por George Orwell. Assim, quando descobri o ebook de Animal Farm, apenas com 50 e poucas páginas, pensei que se não fosse desta vez que eu viesse a conhecer o autor, dificilmente o faria noutras condições. Mais evidente que eu não poderia "saltar" Animal Farm era impossível! Foi a minha leitura de eleição, no avião e nos tempos mortos, enquanto participei num intercâmbio na Letónia, na semana passada. Se acham que não têm tempo para ler as 500 páginas de 1984, a obra que mais gente conhece de George Orwell, experimentem ler este conto.

 Esta foi a review a Animal Farm que deixei no Goodreads, com 5 estrelas - como é óbvio, meus amigos! 

Acho que nunca li um conto alegórico tão bem exposto como este. Quem diria que, no fundo, sempre fizemos todos parte de uma Animal Farm, permanente e cíclica, sem nos apercebermos? Estarão a nossa sociedade e os seus regimes politicos de tal maneira viciados e integrados na nossa mente que nunca nos apercebamos de que, entre porcos e homens, a diferença é nula?
Este é um pequeno livro que nos faz reflectir acerca do mundo em que vivemos. Escrito pouco depois do fim da II Guerra Mundial, a sua relação com os factos históricos é estreita e facilmente descobrirmos que animal da quinta corresponde a cada personagem da História europeia do século XX.
Sem dúvida, a leitura de Animal Farm constituiu um momento de revelação para mim acerca do que um escritor pode construir com as suas palavras e a maneira como mostra aos leitores, como lhes abre o olhos, para a sua própria realidade, tornando-a mais objectiva e, assim, mais passível de ser vista tal como é, com todas as suas falhas

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De vez em quando, faz bem sairmos da nossa zona de conforto - até no que toca aos géneros de livro que lemos. Por isso, comprei na Feira do Livro de Lisboa Onze Tipos de Solidão, escrito na década de 1950 por Richard Yates. É um conjunto de contos sobre personagens muito distintas, mas que têm algo em comum: uma espécie de solidão, sendo frequentemente incompreendidos ou sofrendo de falta de reconhecimento das pessoas que os rodeiam. São histórias tristes, mas que nos fazem pensar...

Sem demoras, eis a review de Onze Tipos de Solidão que deixei no Goodreads, com a avaliação de 4 estrelas:

Este não terá sido um livro absolutamente espantoso, mas entusiasmou-me de certa maneira desde que o comecei a ler. Tem um encanto que provavelmente se deve à década de 1950, nos EUA, que me interessa culturalmente. Penso ser um retrato fiel dos indivíduos da época, dos problemas sociais e políticos contemporâneos e do país, em geral. Não costumo gostar particularmente de livros de contos, mas deste gostei muito! Cada história contada tem um significado e valor diferentes.

A tradução dos Inglês para o Português levada a cabo pela editora Quetzal é bastante boa e por isso abri uma excepção à regra de ler os livros na sua língua original sempre que possível. 

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Últimas leituras - "A Ideia de Europa"

por BeatrizCM, em 03.04.15

O livro que vos apresento já de seguida é pequeno, leve, fácil de ler e invulgar. É uma espécie de tratado acerca da cultura europeia. Esse livro é A Ideia de Europa, de George Steiner - uma excelente leitura para todos aqueles que têm uma hora livre que pretendem que seja produtiva, quer estudem Letras, quer não.

Requisitei este volume na Biblioteca da FLUL.

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A minha crítica no Goodreads ao livro A Ideia de Europa, de George Steiner, a que atribuí 5 estrelas:

Li este livro devido à recomendação de uma professora da faculdade e ainda bem que o fiz. Apenas em 25 páginas (as primeiras 30 são constituídas pelo prefácio e por outra espécie de introdução escrita por Rob Riemen), Steiner adianta cinco aspectos que tornam a Europa um todo-num-só, uma unidade cultural. Não vou revelar aqui esses cinco aspectos, mas devo dizer que nunca tinha pensado no quão inéditos são neste continente, enquanto noutros não se verifica a existência de tais fenómenos culturais.
Tal como outros leitores já afirmaram [aqui no Goodreads], Steiner também parece defender uma ideia utópica acerca do futuro da Europa. Sou da opinião de que toma uma posição demasiado optimista e unificadora, por não serem considerados aspectos do foro político a par dos culturais.
Seja como for, A Ideia de Europa é um óptimo ensaio, um ponto de partida para a reflexão e consciencialização acerca de alguns pilares fundacionais da Europa enquanto comunidade, enquanto União Europeia.

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Últimas leituras - "Bilhete de Identidade"

por BeatrizCM, em 08.02.15

Bilhete de Identidade - memórias de 1943 a 1976, de Maria Filomena Mónica. Mais um livro recomendado pelo professor no curso do Cenjor que já mencionei - neste caso, dentro da categoria "autobiografia".

O que mais me interessou na descrição que me fizeram foi o facto de ser a história dos primeiros 33 anos de vida duma mulher - Maria Filomena Mónica, actualmente investigadora-coordenadora do Instituto de Ciências Sociais - e, igualmente,  da maneira como todas as mulheres eram encaradas no tempo da ditadura, até 1975. Bem dito, bem feito. Abriu-me ainda mais para essa realidade muito anterior ao meu nascimento e de que, regra geral, só ouvira falar nas aulas de História ou graças aos relatos da minha avó. Curiosamente, ela e Maria Filomena Mónica só têm uma diferença de dois anos de idade, o que contribuiu em grande parte para que eu me interessasse tanto pelos relatos de epsiódios na Lisboa e na sociedade de antigamente que a autora partilha connosco.

Além disso, foi impossível não me impressionar com a sua garra e identificar-me com as suas tolices de jovem mulher.

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No entanto, passemos aos aspectos mais literários da "coisa", com a crítica que deixei no Goodreads ao livro Bilhete de Identidade, de Maria Filomena Mónica.

Penso que esta terá sido a segunda autobiografia que alguma vez li e decidi fazê lo por a autora ter vivido numa fase de transição política e cultural em Portugal. Assim, graças aos relatos das suas experiências pessoais, é permitido aos leitores recuarem algumas décadas no tempo e perceberem, com toda a exatidão que uma visão individual permite, como se organizava a sociedade portuguesa antes do 25 de Abril de 1974 e até um pouco depois. Para quem, como eu, nasceu muito depois dessa data, este conjunto de memórias de Maria Filomena Mónica vem trazer alguma cor e textura àquilo que nos tentam ensinar ns aulas de História.
Outro aspecto que me faz adorar este livro é a própria personalidade da sua autora. Maria Filomena Mónica lutou toda a sua vida contra o estereótipo imposto acerca da mulher, insurgindo-se contra os tabús, as convenções (mulher enquanto mão e dona de casa) e o poder masculino numa sociedade patriarcal. Admiro a sua sede de experiências e de conhecimento, a sua persistência e coragem. Nalguns aspectos, faz-me lembrar a minha avó, na tentativa permanente de se emancipar do controlo alheio e de ser dona de si mesma, em particular.
O relato destes 30 anos de memórias pode parecer frio, distante e até arrogante. No entanto, é a ausência de floreados que deve ser louvada. A vida e como é e Maria Filomena Mónica conta a sua sem papas na língua. Fiquei com vontade de conhecer o resto da sua história, do seu "Bilhete de Identidade".

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Últimas leituras - "The Four Loves"

por BeatrizCM, em 11.01.15

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Primeiro livro totalmente lido em 2015: check!

Continuei na onda "C. S. Lewis", em continuidade com 2014, mas talvez este seja agora o último livro que hei-de ler do mesmo autor antes de acabar outros que, entretanto, já iniciei no novo ano. The Four Loves é um livro pequenino de ensaios, dividido em 6 capítulos, mas não se deixem enganar pelo tamanho (128 páginas nesta edição em inglês), pois tem muito conteúdo para ser assimilado. Por isso, são capazes de ter de folgar três tardes inteiras até o acabarem, para o ler devidamente, com atenção, e apreciar a genialidade da escrita e da opinião de Lewis.

Para variar, segue-se a minha crítica no Goodreads:

À medida que fui lendo The Four Loves, tentei ir anotando num caderno todas as passagens que achava interessantes e dignas de serem destacadas. Por isso, logo nas primeiras páginas, tive de começar a conter-me e pensar que não podia copiar todo o livro, que para isso comprava um exemplar para mim (aquele que li pertence a uma professora). Esta situação representa o quão adorei ler The Four Loves, o quão quente me deixou o coração e a alma, o quão verbalizou muitas das opiniões que partilho com C. S. Lewis, mas que nunca conseguiram ser exprimidas por mim, pelo menos de um modo tão claro. As definições de amizade, amor romântico, afeição/carinho e caridade/bondade não podiam ter sido melhor atribuídas do que por este escritor e pensador magnífico.
As referências a Jesus Cristo e à religião cristã são frequentes, mas qualquer pessoa consegue ler este livro e identificar-se com o que Lewis defende, seja qual for a sua crença ou mesmo que seja ateia ou agnóstica. Afinal, a base cultural ocidental reside, em grande parte, no cristianismo, partilhando-se valores que são inerentes à nossa educação e instrução, mesmo que seculares.
Só o último capítulo, Charity, me pareceu um pouco confuso, talvez pelas suas muitas referências a Deus, à comparação do Seu amor com o amor humano e à transcendência depois da morte. Acabei por não me identificar tanto com estes temas.

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Últimas leituras - Bro Code

por BeatrizCM, em 26.12.14

Pela altura em que estiverem a ler isto, já o Natal terá passado. Felizmente, espero eu! Não pude publicar esta review antes porque seria demasiado suspeito. Afinal, esta foi a minha prenda de Natal para o Ricardo e, se ele tivesse reparado por aqui que eu tinha lido o Bro Code, a surpresa acabaria aí com certeza. Ele é muito perspicaz e um fã acérrimo dos meus blogues (por isso é que teve direito a uma prenda tão engraçada) e provavelmente iria logo perguntar como raio tinha eu arranjado um Bro Code, que ele se calhar nem sabia que isso existia, quereria saber se se encontrava na Internet... Mas não, o dele veio do Book Depository.

 

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E pronto, o Bro Code é bestial. Lê-se para aí em duas horas, é uma prenda engraçada para oferecer aos companheiros e amigos deste mundo e, mais importante do que tudo, aponta uma estatística a dizer que as hottest chicks são as half asian chicks. Dah, óbvio.

Agora a sério, esta foi a minha opinião acerca do Bro Code no Goodreads.

Melhor é impossível. Concretiza aquilo a que se propõe - uma lista de regras a cumprir numa relação entre "bros" (companheiros, amigos). Tem talvez algumas referências intrinsecamente norte-americanas, mas é fácil imaginar exemplos na nossa própria cultura.
É uma leitura ainda mais engraçada de estivermos familiarizados com a série "How I Met Your Mother" e a personagem Barney Stinson. Levamos cerca de 1h30, 2h a ler todo o livro.
Os acabamentos gráficos são excelentes, com a capa trabalhada, em relevo e com a fotografia do Barney a sobressair noutro tipo de material, e com a impressão das páginas (já agora, em papel reciclado) a imitar um manuscrito. 

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