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Eis um dos novos livros da coleccção de bolso da Leya, que custa uma ninharia e entretém e ensina imenso: O Filósofo e o Lobo, do professor Mark Rowlands!
Concordo com o que dizem muitas das críticas a este livro: não é um livro de filosofia convencional. Na maior parte do tempo, nem sequer temos muita dificuldade em seguir a narrativa ou a argumentação - é uma leitura razoavelmente leve. Consiste principalmente num relato de alguns episódios que Mark Rowlands viveu com o seu lobo Brenin, intercalado com algumas reflexões de ordem social, biológica e (obviamente) filosófica. A questão central é: como definir humano, como distinguir o Homem em relação às restantes criaturas terrestres? E como podemos comparar o Homem ao Lobo?
Em suma, não se deve esperar d'O Filósofo e o Lobo uma narrativa autobiográfica detalhada, mas também não se deve esperar uma leitura académica exaustiva e muito teórica. Aliás, há uma conjugação bastante equilibrada entre autobiografia e filosofia.
Atribuí 4 estrelas e não 5, apenas porque se notava alguma repetição de ideias que, ao fim de dezenas e dezenas de páginas, se torna irritante. Fiquei com a ideia de que não tinha havido cuidado na revisão da coesão entre capítulos.
A edição de bolso da Leya também precisa de uma revisão urgente na pontuação do texto.
Este foi também o primeiro livro oficial da coleccção comum de livros que me pertence tanto a mim quanto ao meu namorado, Ricardo. Somos os dois grandes fãs de livros e da leitura em geral, por isso pensámos que faria todo o sentido começar, não a juntar um enxoval para a vida, mas sim uma biblioteca da nossa futura família (se tudo correr bem). Dito isto, a mão, os pés e a mobília que vêem na foto desta publicação não são minhas... mas sim dele, porque eu fui a primeira a ler O Filósofo e o Lobo e passei-lho depois disso, em jeito de custódia partilhada!