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De vez em quando, faz bem sairmos da nossa zona de conforto - até no que toca aos géneros de livro que lemos. Por isso, comprei na Feira do Livro de Lisboa Onze Tipos de Solidão, escrito na década de 1950 por Richard Yates. É um conjunto de contos sobre personagens muito distintas, mas que têm algo em comum: uma espécie de solidão, sendo frequentemente incompreendidos ou sofrendo de falta de reconhecimento das pessoas que os rodeiam. São histórias tristes, mas que nos fazem pensar...

Sem demoras, eis a review de Onze Tipos de Solidão que deixei no Goodreads, com a avaliação de 4 estrelas:

Este não terá sido um livro absolutamente espantoso, mas entusiasmou-me de certa maneira desde que o comecei a ler. Tem um encanto que provavelmente se deve à década de 1950, nos EUA, que me interessa culturalmente. Penso ser um retrato fiel dos indivíduos da época, dos problemas sociais e políticos contemporâneos e do país, em geral. Não costumo gostar particularmente de livros de contos, mas deste gostei muito! Cada história contada tem um significado e valor diferentes.

A tradução dos Inglês para o Português levada a cabo pela editora Quetzal é bastante boa e por isso abri uma excepção à regra de ler os livros na sua língua original sempre que possível. 

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A (má) Feira do Livro de Lisboa em 2015

por BeatrizCM, em 31.05.15

A Feira do Livro de Lisboa já começou na quinta-feira e eu não quis perder mais tempo - visitei-a logo na primeira tarde, com o meu mais-que-tudo fofinho, que também procurava um livro em particular.

Qual não é o meu espanto, quando começo a visitar os stands independentes e os do grupo Leya, na parte direita do Parque Eduardo VII (da perspectiva de quem sobe) e me apercebo de que os preços "de feira" são absolutamente ridículos. Nem os livros do dia se escapavam, eram todos caríssimos! O resto variava tudo entre os 10€ e os 15€, como se descontos de 1€ ou 2€ fossem relevantes na decisão de comprar livros neste evento tão especial (que começa a dar ares de ter só nome e estatuto), quando podemos esperar pelos descontos bombáticos no site da Fnac ou em qualquer época de saldos das livrarias. 

Em suma, o lado direito da feira é um no-no, no que toca a preços. Até os alfarrabistas estavam super careiros!

 

Passando para o lado esquerdo, a coisa ficou um bocadinho mais animada. O stand da Relógio D'Água tem preços muito bons, entre os 2€ e os 7,5€, o que, tendo em conta a qualidade dos livros que publicam - tanto em matéria autores portugueses, quanto em traduções - só apresenta vantagens. Também os stands do grupo Porto Editora têm alguns livros com promoções aceitáveis, mas, ainda assim, penso que devemos ser mais pacientes e aproveitar a Hora H, das 22h à meia-noite, de segunda a quinta-feira, pois nessa altura haverá livros com 50% e 70% de desconto. Aliás, comprei bastantes livros assim, na Feira do Livro de Lisboa em 2014, a preços de fazer cair o queixo. 

 

Seja como for, não gostei muito da Feira do Livro de Lisboa deste ano. Parece que a feira já não é realmente sobre livros, mas sim uma oportunidade para vender tantos outros produtos não directamente relacionados, como quinquilharias caríssimas para os miúdos, e também vi uma barraquinha do McDonald's (não sei bem com que finalidade, mas não vi livros por perto) e barraquinhas várias de comes-e-bebes em número demasiado elevado, com preços igualmente inflacionados, barraquinhas gourmet... Um pãozinho shoarma a 4,50€? Credos. Salvem-se, pelo menos, as farturas, que acho que já fazem parte do cenário tradicional e que continuam a ser o lanchinho mais barato. Ou seja, todo este aparato é mesmo para explorar o pessoal até à última.

 

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O que vale é que ir à Feira do Livro de Lisboa também serve para passear, para namorar, para apreciar a vista do rio, muuuuito lá em baixo, para apanhar um bocadão de sol, para descobrirmos alguns livros que provavelmente havemos de piratear em e-book a partir da Internet, para observarmos o comportamento das pessoas e dos vendedores que ainda sabem menos sobre as campanhas promocionais do que os próprios clientes... Salva-se sempre qualquer coisa, numa situação menos positiva.

 

Escusado será dizer que saímos de lá sem ter comprado nenhum livro. Saímos de mãos e corações vazios.

 

***

No ano passado, a "minha" Feira do Livro de Lisboa em 2014 foi assim. E assim.

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Últimas leituras - "A Experiência de Ler"

por BeatrizCM, em 28.12.14

Como cheguei a contar, estou a fazer um trabalho acerca d'As Crónicas de Nárnia e, por isso, andei à procura de algumas outras obras de C. S. Lewis para o completar. Felizmente, tenho a sorte de uma das minhas professoras ser uma grande admiradora e entusiasta do autor e ter-me emprestado para aí uns sete livros seus. Um deles foi este, A Experiência de Ler, que, apesar de não ter particularmente que ver com o tema que estou a tratar no trabalho, chamou-me a atenção e li-o na mesma, como leitura recreativa.

 

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Adorei ler A Experiência de Ler (passe-se a expressão, não é?) e recomendo a todos aqueles que quiserem conhecer a opinião de um escritor de primeira categoria, admirado por esse mundo fora, acerca de livros, e mais livros, e mais livros - obras de todos os tempos, não só modernas. É uma colecção de ensaios muito bem articulados que, para os amantes de literatura e crítica literária, se torna imperdível.

Crítica que deixei no Goodreads:

 

Já me tinha colocado algumas questões acerca do que definirá boa e má literatura, bons e maus leitores. Ao ler este livro obtive algumas respostas a essas perguntas que tinha em mente e C. S. Lewis tornou-se quem mais me ajudou a arrumar as ideias. Não é que eu não tivesse já pensado nalgumas das definições e pensamentos que propõe acerca do assunto, mas clarificou-me e categorizou aquilo que me faltava categorizar, proporcionando-me uma experiência elucidativa como há algum tempo não tinha.
Recomendo a quem pretende saber mais acerca de crítica literária, conhecer mais autores - sugeridos por Lewis - e perceber melhor o que vai na cabeça de um escritor no seu papel enquanto leitor (bem, e um pouco enquanto escritor ele mesmo).

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Últimas leituras - As Crónicas de Nárnia

por BeatrizCM, em 21.12.14

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Desde os dez ou onze anos que adoro As Crónicas de Nárnia. Na altura, li apenas metade dos livros, um aqui e outro ali, sem ordem cronológica ou qualquer outra ordem. No entanto, no mês passado, li-os todos seguidinhos, no espaço de uma semana e meia. Surgiu a oportunidade de fazer um trabalho para a cadeira de Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa na faculdade e decidi explorar o mundo C. S. Lewisiano, não só as Crónicas, como também alguns outros livros de não-ficção do autor, que me ajudarão a fazer o trabalho. Ah, e outros guias, como o Companion to Narnia, mas deixarei essas aventuras para outro momento.

Agora, venho-vos apresentar as minhas críticas a todos os livros d'As Crónicas de Nárnia no Goodreads.

 

O Sobrinho do Mágico

É impossível alguém não gostar deste primeiro livro das Crónicas de Nárnia, qualquer que seja a sua idade. É certo que quase todo o enredo faz referência a passagens da Bíblia, em particular ao Génesis, mas compreende-se que, enquanto escritor, C. S. Lewis não se pudesse abstrair completamente da sua fé. Seja como for, "O Sobrinho do Mágico" não deixa de ser uma narrativa agradável, mesmo que não se conheçam as Escrituras (como era o meu caso na primeira vez em que o li, já lá vão mais de seis anos) ou que não se seja cristão ou sequer religioso. Com este livro, são passados valores tão importantes quanto a amizade, a lealdade e a preserverança aos mais pequenos, enquanto os adultos podem reviver a inocência da infância, tão bem retratada pela escrita despretensiosa, mas bastante rica, de Lewis.
Além disso, quem não gostaria de saber como Nárnia nasceu, como começaram as viagens de humanos entre esse mundo e o nosso e, já agora, como é que os irmãos Pevensie conseguiram lá chegar no volume seguinte, "O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa"?

 

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

Não gosto tanto deste segundo volume das Crónicas de Nárnia como gosto do primeiro, mas "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" não deixa de ter o seu encanto.
Anos depois de ter sido apenas Digory, "O Sobrinho do Mágico", voltamos a ver o (agora) professor Kirke, na sua grande casa de família, no campo, onde acolhe os 4 irmãos Pevensie. Para mim, este tipo de continuidade numa saga e todos os detalhes que estabelecem uma relação entre os diversos volumes é um dos melhores aspectos a ressalvar.
Como sempre, Lewis faz, muito subtilmente, a apologia de valores como a amizade, lealdade, justiça e - claro - da importância de um pouco de magia nas nossas vidas.

 

O Cavalo e o Seu Rapaz

Não estava nada à espera de gostar tanto deste terceiro volume das Crónicas de Nárnia. Conta-nos a história de um rapaz chamado Xassta, do seu amigo cavalo Bri, da nobre Arávis e da égua Huin. O que antes me deixava mais reticente era pensar que não tinham uma relação tão directa com Nárnia quanto as restantes personagens da saga. No entanto, descobri que estava enganada, pois tanto os 4 protagonistas de "O Cavalo e o Seu Rapaz" quanto as descrições das paisagens do Sul (com inspiração árabe, imagino) contribuíram para enriquecer a ideia que já tinha do horizonte de Nárnia.

 

O Príncipe Caspian

Adoro as Crónicas de Nárnia, mas penso que este seja um dos capítulos de que menos gosto. Apesar de se chamar "O Príncipe Caspian", este pouco protagonismo tem, em comparação aos reis Peter, Susan, Edmund e Lucy, excepto no início da história. No entanto, mesmo que, no final, valha 3.5 estrelas em 5, não deixa de ter o seu encanto e riqueza em termos de ensinamentos para a vida, ou não tivesse sido escrito por C. S. Lewis.

 

A Viagem do Caminheiro da Alvorada

Não sei até que ponto é que esta não passa somente de uma opinião pessoal, mas entendo "A Viagem do Caminheiro da Alvorada" como uma alegoria para uma viagem espiritual.Caspian procura consolo e redenção através da busca pelos companheiros desaparecidos do seu pai (todos eles, por sua vez, fizeram a mesma viagem, perecendo ou sobrevivendo consoante os seus valores morais); Eustace aprende a ser altruísta e a dar valor à amizade; Edmund e Lucy vivem a sua última aventura de criança, aprendendo e preparando-se para a vida adulta através dos seus erros e ao observarem os dos adultos; Ripitchip procura glória e calma felicidade.
Talvez um dos livros das Crónicas de Nárnia em que a metáfora é melhor conseguida.

 

O Trono de Prata

História um pouco desapontante para quem procura mais aventuras alegóricas e moralmente edificantes. No entanto, não deixa de ter um bom enredo e de ser um bom conto.

 

A Última Batalha

Nunca gostei tão pouco de um final, em particular depois de uma saga tão rica e entusiasmante. Segundo um dos grandes amigos de Lewis, Tolkien, não deveríamos procurar um final feliz (eucatástrofe) nas histórias de fantasia? Quer dizer, "A Última Batalha" tem um final feliz, mas imensamente triste e pouco satisfatório para o leitor, ao mesmo tempo. Considero-o um final sem qualquer réstia de esperança e fé - infelizmente, apenas possíveis na morte ou num mundo paralelo.

 

E que melhor saga para ser lida durante as férias de Natal? Aproveitem e embarquem nas viagens imaginadas por C. S. Lewis! Não perquem tempo: um segundo na Terra pode corresponder a mil anos em Nárnia!

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O novo livro de José Luís Peixoto

por BeatrizCM, em 05.09.14

Ontem foi o aniversário de um dos meus autores portugueses favoritos: José Luís Peixoto. 40 anos! Por isso, em jeito de celebração, apresentou a capa do seu novo livro e leu alguns excertos na Casa dos Bicos (Fundação Saramago) ontem à tarde, pelas 18h30. Tive imensa pena de não ter ido! Até porque já assisti a uma palestra dada por ele e mais dois autores e, sem dúvida, José Luís Peixoto é um grande nome da literatura portuguesa contemporânea, assim como é um orador humilde mas muito cativante. Quando o ouvimos, não estamos a ouvir um grande vulto com manias de estrela, com tiques e sensações de superioridade. Estamos só a ouvir aquela pessoa que, tal como demonstra nos seus livros, é um tipo porreiro, culto e que escreve muuuito bem.

A sério, quem me dera ter ido assistir a esta apresentação!

 


O novo romance de José Luís Peixoto, Galveias, estará nas livrarias no próximo dia 10 de Outubro.
Primeiras!!!

 

 

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Pack de "A Guerra dos Tronos" a 10€!

por BeatrizCM, em 31.08.14

 

Amigos, tenho excelentes novidades para nós, Leitores Hiperactivos Anónimos (e procrastinadores) de serviço! A editora Saída de Emergência proporciona-nos, com limitações de stock, os dois primeiros livros de A Guerra dos Tronos por apenas... 9,90€!!! UEPÁÁÁ!

Eu cá, quando vi isto, fiquei eufórica e perdi um bocadão do pouco discernimento que me costuma assistir em circunstâncias livrescas. É que eu devo ser a única pessoa à face desta blogosfera que ainda não leu nada-nadinha de A Guerra dos Tronos e, a julgar pelas avaliações do Goodreads (ora muuuuuuuito boas, ora péssimas, mas a média é bem superior a 4 estrelas em 5) e das críticas que leio por aí, faço muito, muito mal em ainda não me ter aventurado nesta saga. Além disso, amigos e colegas estão já fartinhos de me chagar a cabeça, portanto não quero continuar a crescer na ignorância sobre o que o George R. R. Martin é capaz de escrever.

Será que esta será a minha nova saga de eleição? Não me tiram o Harry Potter do coração por nada, mas há um espacinho vazio deixado pelo desencanto que sinto desde há três ou quatro anos pela saga Crepúsculo, prontinho a ser preenchido de novo.

 

Escusado será dizer que encomendei este pack, apesar de, durante 5 a 10 minutos, ainda ter reflectido bastante (de modo que até pedi autorização à minha avó para usar o MEU dinheiro - onde isto já chegou!).

 

 

Para também encomendarem o vosso pack, acedam à página http://www.saidadeemergencia.com/produto/pack-a-guerra-dos-tronos-vol-1-e-2/.

Vão perder a oportunidade ou vão cair na armadilha como eu?

 

(Infelizmente, não, eu não escrevi esta publicação em parceria com ninguém e ninguém me tem querido dar livros nenhuns ultimamente... Se calhar, já tenho mas é livros a mais. What a shame!)

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8 livros por 16,30£

por BeatrizCM, em 15.08.14

 

Mais uns quantos, desta vez adquiridos entre Newcastle e Alnwick, em Inglaterra. Decidi escolher umas leituras mais leves, para variar um bocado e não me armar em "sou tão intelectual que não posso comprar um romance cor-de-rosa sem sentir remorsos pelo dinheiro que gastei nele". Também já andava de olho nalguns, cá em Portugal, mas lá são muuuuuuuuito mais baratos. Preços entre 0,50£ e 3£. Procura-se tempo de vida para os ler.

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Três livros

por BeatrizCM, em 20.07.14

 

É engraçado perguntarem isto, quando estou a uma semana de viajar realmente para uma ilha para onde só posso levar dois ou três livros. Inglaterra não é propriamente uma ilha deserta e exactamente por isso é que tenho um número limitado de distracções várias para levar: terei muito que ver e pouco tempo para tanto, além de que passarei por uma ou outra livraria (e os livros são muito mais baratos em terras de Sua Majestade!). Anyways, estes são os livros que levarei para a minha estadia de duas semanas em Newcastle (com fim-de-semana em Alnwick e Edimburgo).

 

  1. Le Vieux Qui Ne Voulait Pas Fêter Son Anniversaire - Jonas Jonasson (por causa do trabalho, nunca mais consigo acabar de o ler)
  2. Os Portugueses - Barry Hatton (outro que tem sido renegado depois de cem páginas, mas que não pode faltar em Inglaterra, por mais que não seja para me lembrar de onde venho);
  3. Vivir para contarla - García Marquéz (ainda não lhe peguei e parece que este talvez tenha de ficar em terra)

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No meu primeiro blogue, Procrastinar Também É Viver.

 

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LIVROS PARA LER - PRÉ-FEIRA DO LIVRO:

  • The Idiot - Fyodor Dostoyevski
  • Le Vieux Qui Ne voulait Pas Fêter Son Anniversaire - Jonas Jonasson
  • The Middlesteins - Jami Attenberg
  • O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • Alice in Wonderland - Lewis Carrol
  • Alice Through the Looking Glass - Lewis Carrol
  • Os Maias - Eça de Queirós
  • A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
  • A Jangada de Pedra - José Saramago
  • Numa Terra Estranha - Jhumpa Lahiri
  • Crónica do Pássaro de Corda - Haruki Murakami
  • Harry Potter e o Príncipe Misterioso - J. K. Rowling
  • Harry Potter e os Talismãs da Morte - J. K. Rowling

 

MAIS LIVROS PARA LER PÓS-FEIRA DO LIVRO:

  • Use a Cabeça (porque pensamos o que pensamos) - Daniel e Jason Freeman
  • Vivir Para Contarla - Gabriel García Márquez
  • Terra Sangrenta - Timothy Snyder
  • Uma História do Mundo Depois do 11 de Setembro - Dominic Streatfeild
  • A Consciência e o Romance - David Lodge
  • Cartas de Amor de Fernando Pessoa a Ofélia Queiroz - os próprios
  • Outra Vida - Rodrigo Lacerda
  • Para Interromper o Amor - Mónica Marques

 

Cheira-me que em 2015 ainda hei-de ir a meio da lista!

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