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Há mais de três meses que não me entusiasmava desta forma por um livro.
Encontrei Brooklyn, do irlandês Colm Tóibín, na estante de novidades da Biblioteca da FLUL e, agarradinha das capas que sou, não poderia ter deixado de ficar maravilhada por esta, tão pouco sugestiva, mas indescritivelmente cativante, de cores vivas e capa ainda imaculada.
O enredo primário não é complexo. Tal como contado na sinopse, esta é a história duma rapariga irlandesa que emigra para Brooklyn, nos Estados Unidos. Lá, consegue um emprego e até frequenta a universidade à noite. Entretanto, conhece um rapaz por quem se apaixona, ou pensa apaixonar. Assim é a sua vida durante quase dois anos, até que acontecem coisas interessantes que não revelarei aqui, mas que não deixam de ser mais ou menos previsíveis do ponto de vista narrativo dos romances.
No entanto, o que me fez adorar este livro não foi necessariamente o seu enredo; foi a maneira de contar, a tão badalada fluidez, as deixas que nunca param de nos dar razão para continuar a leitura por mais uma página, mais um capítulo, o facto de a vida do dia-a-dia estar sempre à acomtecer, de o tempo resvalar a cada canto sem nos apercebermos de que, de repente, já se passaram vários meses desde a última vez em que tínhamos pensado nisso.
Não é maravilhoso lermos trezentas páginas sem nos darmos conta disso? Não é reconfortante sentirmo-nos perdidos no meio da história, como se também lá estivéssemos do lado dos protagonistas a ver a sua própria vida passar? De nos dar aquela vontade de bater neles de vez em quando, quando não concordamos com as suas decisões, ou de chorar as suas mágoas?
Pronto, acho que já disse tudo, mas o finalzinho chocou-me muito - e mais não digo!
5 estrelas.
O livro que vos apresento já de seguida é pequeno, leve, fácil de ler e invulgar. É uma espécie de tratado acerca da cultura europeia. Esse livro é A Ideia de Europa, de George Steiner - uma excelente leitura para todos aqueles que têm uma hora livre que pretendem que seja produtiva, quer estudem Letras, quer não.
Requisitei este volume na Biblioteca da FLUL.
A minha crítica no Goodreads ao livro A Ideia de Europa, de George Steiner, a que atribuí 5 estrelas:
Li este livro devido à recomendação de uma professora da faculdade e ainda bem que o fiz. Apenas em 25 páginas (as primeiras 30 são constituídas pelo prefácio e por outra espécie de introdução escrita por Rob Riemen), Steiner adianta cinco aspectos que tornam a Europa um todo-num-só, uma unidade cultural. Não vou revelar aqui esses cinco aspectos, mas devo dizer que nunca tinha pensado no quão inéditos são neste continente, enquanto noutros não se verifica a existência de tais fenómenos culturais.
Tal como outros leitores já afirmaram [aqui no Goodreads], Steiner também parece defender uma ideia utópica acerca do futuro da Europa. Sou da opinião de que toma uma posição demasiado optimista e unificadora, por não serem considerados aspectos do foro político a par dos culturais.
Seja como for, A Ideia de Europa é um óptimo ensaio, um ponto de partida para a reflexão e consciencialização acerca de alguns pilares fundacionais da Europa enquanto comunidade, enquanto União Europeia.
Ultimamente, tenho descoberto que há cada vez mais professores universitários a valorizarem as grandes obras, de grandes autores, que eles escreveram para crianças. No primeiro semestre, fiz um trabalho sobre As Crónicas de Nárnia. Mal o 2º semestre começou, logo na primeira aula de Cultura Visual, a professora mandou-nos (re)ler O Principezinho como trabalho de casa para o Carnaval (e reflectir acerca da relação da história com a matéria que vamos estudar).
Esta evolução nas leituras seleccionadas no meio académico deixa-me bastante feliz. Há novos horizontes a serem explorados, novos pontos de vista. Ao contrário do que o Principezinho pensava no seu tempo, talvez os adultos estejam realmente a combater a sua seriedade. Talvez Saint-Exupéry se orgulhasse por o seu conto, supostamente escrito para alcançar um público juvenil, estar a ser recomendado por professores da faculdade. Talvez C. S. Lewis também se orgulhasse por tantas gerações, de todas as idades, continuarem a pegar nas suas Crónicas, tantas décadas depois.
O que une Lewis e Saint-Exupéry? Terem escrito livros "para adultos", mas esses mesmos adultos continuarem a preferi-los pelos seus livros "para crianças" (não desfazendo nos primeiros, é claro). E não é que se justifiquem tais rótulos, mas utilizamo-los pela mera necessidade de classificação para efeitos práticos.
Estudar livros "para crianças" na faculdade só mostra que é possível retirar conclusões importantes dessas leituras. Que os autores, por vezes, levam as crianças mais a sério do que os leitores adultos. Que escrevem com mais qualidade e cuidado para elas. Que é nelas que confiam para mudar o mundo. Que os adultos aprenderão com esses livros e recuperando a perspectiva das crianças.
Primeiro livro totalmente lido em 2015: check!
Continuei na onda "C. S. Lewis", em continuidade com 2014, mas talvez este seja agora o último livro que hei-de ler do mesmo autor antes de acabar outros que, entretanto, já iniciei no novo ano. The Four Loves é um livro pequenino de ensaios, dividido em 6 capítulos, mas não se deixem enganar pelo tamanho (128 páginas nesta edição em inglês), pois tem muito conteúdo para ser assimilado. Por isso, são capazes de ter de folgar três tardes inteiras até o acabarem, para o ler devidamente, com atenção, e apreciar a genialidade da escrita e da opinião de Lewis.
Para variar, segue-se a minha crítica no Goodreads:
À medida que fui lendo The Four Loves, tentei ir anotando num caderno todas as passagens que achava interessantes e dignas de serem destacadas. Por isso, logo nas primeiras páginas, tive de começar a conter-me e pensar que não podia copiar todo o livro, que para isso comprava um exemplar para mim (aquele que li pertence a uma professora). Esta situação representa o quão adorei ler The Four Loves, o quão quente me deixou o coração e a alma, o quão verbalizou muitas das opiniões que partilho com C. S. Lewis, mas que nunca conseguiram ser exprimidas por mim, pelo menos de um modo tão claro. As definições de amizade, amor romântico, afeição/carinho e caridade/bondade não podiam ter sido melhor atribuídas do que por este escritor e pensador magnífico.
As referências a Jesus Cristo e à religião cristã são frequentes, mas qualquer pessoa consegue ler este livro e identificar-se com o que Lewis defende, seja qual for a sua crença ou mesmo que seja ateia ou agnóstica. Afinal, a base cultural ocidental reside, em grande parte, no cristianismo, partilhando-se valores que são inerentes à nossa educação e instrução, mesmo que seculares.
Só o último capítulo, Charity, me pareceu um pouco confuso, talvez pelas suas muitas referências a Deus, à comparação do Seu amor com o amor humano e à transcendência depois da morte. Acabei por não me identificar tanto com estes temas.
Em Fevereiro, tentarei obter, finalmente, o DALF (diplôme approfondi de langue française) para ser certificada com o nível C1 em francês. Por isso, desde 2013 que tenho andado a tentar ler cada vez mais livros em francês, para praticar e não enferrujar - além de ter aulas de três horas todos os Sábados de manhã. Afinal, já tenho mais do que anos de estudo suficientes para ler em francês sem problemas.
Assim, em 2014 Chien de Printemps foi o segundo romance que li totalmente em língua francesa. Aproveitei o facto de o autor, Patrick Modiano, ter sido o vencedor do Prémio Nobel da Literatura deste ano e, ainda por cima, eu ter ido a Bruxelas e visitado a livraria Filigranes - logo, ter tido acesso a imeeeensos livros franceses ou, pelo menos, escritos na língua - para procurar livros pequenos, mas bem escritos que me motivassem a aprofundar conhecimentos na minha segunda língua estrangeira (a primeira é o inglês e a terceira é o espanhol).
À medida que ia lendo, devagar, devagarinho, à medida que ia arranjando minutos livres, fui pegando no Chien de Printemps. Só as últimas 50 páginas foram lidas de empreitada, tal a vontade de as terminar. Foi a minha última leitura integral de 2014!
Esta é a minha opinião:
Primeiro aspecto a destacar: adorei a escrita de Modiano. Apesar de ter lido o livro em Francês, na sua língua original, não tive qualquer dificuldade em apreciar o seu estilo fluído, introspectivo, com parágrafos e capítulos curtos e diálogos na quantidade certa - pelo menos, no que toca a esta obra. A dimensão do livro (120 páginas) também incentiva o leitor a terminar a leitura mais rapidamente.
Quanto ao tema, acho que é abordado de uma maneira um pouco confusa. Com tantas analepses e prolepses, o leitor menos atento é capaz de se perder na narrativa. É certo que o narrador está a contar cenas do seu passado, mas por vezes este confunde-se com o passado do outro protagonista, Francis Jansen - e desconfio que tenha sido mesmo esse o objectivo de Modiano (quem já tiver lido "Chien de Printemps" há-de perceber a conveniência de tal suposta falha).
Excelente leitura para estudantes de Francês que nunca tenham lido um livro completo escrito nesta língua - ideal para principiantes, pela sua pequena dimensão, vocabulário e formas verbais não muito diversificados ou complexos.
Tenho andando tão apertadinha de tempo ultimamente, que até me tenho esquecido de partilhar algumas das minhas reviews do Goodreads acerca de livros que tenho lido para a faculdade. Por isso, pedindo desculpa por me ter desleixado e ter-vos privado de tão honrosas críticas (ou não), ei-las!
ELOGIO DA LOUCURA - lido para Cultura Renascentista
Esta foi uma leitura curta, mas cheia de conteúdo. Erasmo de Roterdão é considerado um dos maiores pensadores do início do Renascimento e, pelo menos a julgar por este livro, uma "pequena" lembrança dedicada ao seu amigo Thomas Moore, era um mestre da palavra e merece todas as honras que lhe são dedicadas nesse aspecto. Em cerca de 150 páginas, num registo informal e provocador, encarna o discurso de uma Loucura que pensa e denuncia os vícios da sua sociedade (séc. XV/XVI), que pelos vistos são bastante semelhantes aos da sociedade actual.
Em suma, impõem-se as questões "quem é realmente louco?, quem pode ser considerado como tal?, a loucura é obrigatoriamente negativa?, não somos todos um bocadinho loucos e não precisamos de um pouco de loucura na nossa vida?, não há piores coisas do que a loucura com que nos devamos preocupar?".
DEATH OF A SALESMAN - lido para Inglês C1.2
"USA mentality in a nutshell." Esta peça de tetro é uma verdadeira pérola para quem quer entender melhor a atitude de quem perseguia o famoso "American Dream" em meados do século XX, quais as suas implicações e consequências a nível pessoal e familiar - tudo isto retratado num exemplo prática, neste caso no lar do vendedor Willy Loman, um "salesman" que almejou bastante na vida, sem alcançar nem metade daquilo que desejava alcançar. Nem colocando todas as suas expectativas nos filhos, em particular em Biff, conseguiu que eles fossem muito bem-sucedidos na sua vida adulta e vive um período de "pré-reforma" bastante conturbado.
Adorei ler este livro, pela sua simplicidade em descrever a cultura norte-americana em pouco mais de 100 páginas.
BEOWULF - lido para Cultura Medieval
I did not find "Beowulf" as interesting or rich as the greek or latin epic stories. However, it is a great narrative for those who, like me, want to know more about the nordic invasions and settlement, that are in the genesis of countries such as the UK, Sweden, Finland or Denmark. Summarily, "Beowulf" reveals a lot of historical, cultural and mythological curiosities.
WHO GOES THERE? (em ebook) - lido para Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa
One of the first masterpieces that is in the origin of science fiction in the begginning of the 20th century. I understand why, given the fact that it is maybe the first book making reference to aliens and how such forms of life interact with human beings, even if only inside our heads, the limits of humans and the science we create.
I enjoyed this story, even though it is hard for non-native English speakers to know each and every word Campbell uses. It is full of descriptions, but also dialogues, which enriches the narrative and makes readers' experience more pleasant.
***
[E, sinceramente, não me lembro qual costuma ser o meu critério para escrever umas reviews em inglês e outras em português.]
Como cheguei a contar, estou a fazer um trabalho acerca d'As Crónicas de Nárnia e, por isso, andei à procura de algumas outras obras de C. S. Lewis para o completar. Felizmente, tenho a sorte de uma das minhas professoras ser uma grande admiradora e entusiasta do autor e ter-me emprestado para aí uns sete livros seus. Um deles foi este, A Experiência de Ler, que, apesar de não ter particularmente que ver com o tema que estou a tratar no trabalho, chamou-me a atenção e li-o na mesma, como leitura recreativa.
Adorei ler A Experiência de Ler (passe-se a expressão, não é?) e recomendo a todos aqueles que quiserem conhecer a opinião de um escritor de primeira categoria, admirado por esse mundo fora, acerca de livros, e mais livros, e mais livros - obras de todos os tempos, não só modernas. É uma colecção de ensaios muito bem articulados que, para os amantes de literatura e crítica literária, se torna imperdível.
Crítica que deixei no Goodreads:
Já me tinha colocado algumas questões acerca do que definirá boa e má literatura, bons e maus leitores. Ao ler este livro obtive algumas respostas a essas perguntas que tinha em mente e C. S. Lewis tornou-se quem mais me ajudou a arrumar as ideias. Não é que eu não tivesse já pensado nalgumas das definições e pensamentos que propõe acerca do assunto, mas clarificou-me e categorizou aquilo que me faltava categorizar, proporcionando-me uma experiência elucidativa como há algum tempo não tinha.
Recomendo a quem pretende saber mais acerca de crítica literária, conhecer mais autores - sugeridos por Lewis - e perceber melhor o que vai na cabeça de um escritor no seu papel enquanto leitor (bem, e um pouco enquanto escritor ele mesmo).
Desde os dez ou onze anos que adoro As Crónicas de Nárnia. Na altura, li apenas metade dos livros, um aqui e outro ali, sem ordem cronológica ou qualquer outra ordem. No entanto, no mês passado, li-os todos seguidinhos, no espaço de uma semana e meia. Surgiu a oportunidade de fazer um trabalho para a cadeira de Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa na faculdade e decidi explorar o mundo C. S. Lewisiano, não só as Crónicas, como também alguns outros livros de não-ficção do autor, que me ajudarão a fazer o trabalho. Ah, e outros guias, como o Companion to Narnia, mas deixarei essas aventuras para outro momento.
Agora, venho-vos apresentar as minhas críticas a todos os livros d'As Crónicas de Nárnia no Goodreads.
É impossível alguém não gostar deste primeiro livro das Crónicas de Nárnia, qualquer que seja a sua idade. É certo que quase todo o enredo faz referência a passagens da Bíblia, em particular ao Génesis, mas compreende-se que, enquanto escritor, C. S. Lewis não se pudesse abstrair completamente da sua fé. Seja como for, "O Sobrinho do Mágico" não deixa de ser uma narrativa agradável, mesmo que não se conheçam as Escrituras (como era o meu caso na primeira vez em que o li, já lá vão mais de seis anos) ou que não se seja cristão ou sequer religioso. Com este livro, são passados valores tão importantes quanto a amizade, a lealdade e a preserverança aos mais pequenos, enquanto os adultos podem reviver a inocência da infância, tão bem retratada pela escrita despretensiosa, mas bastante rica, de Lewis.
Além disso, quem não gostaria de saber como Nárnia nasceu, como começaram as viagens de humanos entre esse mundo e o nosso e, já agora, como é que os irmãos Pevensie conseguiram lá chegar no volume seguinte, "O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa"?
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Não gosto tanto deste segundo volume das Crónicas de Nárnia como gosto do primeiro, mas "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" não deixa de ter o seu encanto.
Anos depois de ter sido apenas Digory, "O Sobrinho do Mágico", voltamos a ver o (agora) professor Kirke, na sua grande casa de família, no campo, onde acolhe os 4 irmãos Pevensie. Para mim, este tipo de continuidade numa saga e todos os detalhes que estabelecem uma relação entre os diversos volumes é um dos melhores aspectos a ressalvar.
Como sempre, Lewis faz, muito subtilmente, a apologia de valores como a amizade, lealdade, justiça e - claro - da importância de um pouco de magia nas nossas vidas.
Não estava nada à espera de gostar tanto deste terceiro volume das Crónicas de Nárnia. Conta-nos a história de um rapaz chamado Xassta, do seu amigo cavalo Bri, da nobre Arávis e da égua Huin. O que antes me deixava mais reticente era pensar que não tinham uma relação tão directa com Nárnia quanto as restantes personagens da saga. No entanto, descobri que estava enganada, pois tanto os 4 protagonistas de "O Cavalo e o Seu Rapaz" quanto as descrições das paisagens do Sul (com inspiração árabe, imagino) contribuíram para enriquecer a ideia que já tinha do horizonte de Nárnia.
Adoro as Crónicas de Nárnia, mas penso que este seja um dos capítulos de que menos gosto. Apesar de se chamar "O Príncipe Caspian", este pouco protagonismo tem, em comparação aos reis Peter, Susan, Edmund e Lucy, excepto no início da história. No entanto, mesmo que, no final, valha 3.5 estrelas em 5, não deixa de ter o seu encanto e riqueza em termos de ensinamentos para a vida, ou não tivesse sido escrito por C. S. Lewis.
A Viagem do Caminheiro da Alvorada
Não sei até que ponto é que esta não passa somente de uma opinião pessoal, mas entendo "A Viagem do Caminheiro da Alvorada" como uma alegoria para uma viagem espiritual.Caspian procura consolo e redenção através da busca pelos companheiros desaparecidos do seu pai (todos eles, por sua vez, fizeram a mesma viagem, perecendo ou sobrevivendo consoante os seus valores morais); Eustace aprende a ser altruísta e a dar valor à amizade; Edmund e Lucy vivem a sua última aventura de criança, aprendendo e preparando-se para a vida adulta através dos seus erros e ao observarem os dos adultos; Ripitchip procura glória e calma felicidade.
Talvez um dos livros das Crónicas de Nárnia em que a metáfora é melhor conseguida.
História um pouco desapontante para quem procura mais aventuras alegóricas e moralmente edificantes. No entanto, não deixa de ter um bom enredo e de ser um bom conto.
Nunca gostei tão pouco de um final, em particular depois de uma saga tão rica e entusiasmante. Segundo um dos grandes amigos de Lewis, Tolkien, não deveríamos procurar um final feliz (eucatástrofe) nas histórias de fantasia? Quer dizer, "A Última Batalha" tem um final feliz, mas imensamente triste e pouco satisfatório para o leitor, ao mesmo tempo. Considero-o um final sem qualquer réstia de esperança e fé - infelizmente, apenas possíveis na morte ou num mundo paralelo.
E que melhor saga para ser lida durante as férias de Natal? Aproveitem e embarquem nas viagens imaginadas por C. S. Lewis! Não perquem tempo: um segundo na Terra pode corresponder a mil anos em Nárnia!
Depois de três semanas à espera, o meu Beowulf chegou há cerca de uma. Chegou com um marcador fofinho, fofinho, fofinho. Veio em correio normal, não registado, mas em excelentes condições, dentro de um envelope almofadado, não se exigindo mais nada por ser um livro de bolso de duzentas páginas, leve, de papel reciclado e capa mole.
Custou-me 7,10€ e não paguei portes. Não fosse a demora, diria que o serviço é cinco estrelas.
Para quem não sabe, o Beowulf é um poema épico de origem anglo-saxónica. Irei estudar a obra no âmbito de Cultura Medieval, mas também foi mencionada em Ficção Científica e Fantasia de Expressão Inglesa. Autores como Tolkien e J. R. R. Martin inspiraram-se nele para as suas sagas.
Há muito tempo (talvez desde a FLL do ano passado) que não comprava livros novinhos ou que, pelo menos, não fossem para a faculdade e que não representassem um desfalque menos necessário na minha-já-super-desfalcada conta bancária. O que me valeu foi ter alguns vales da Fnac e da Bertrand e o desconto que me restou do livro que comprei no dia do Pai.
Então, lá fui eu à procura de pechinchas, se é que as há nas grandes cadeias de livrarias, onde é tudo uma questão de estar no sítio certo, à hora certa, em frente da prateleira certa. Pessoalmente, considero-me uma caça-promoções, por isso é raro escapar-me alguma por falta de atenção.
Aqui vai a lista dos livros, onde os comprei, por quanto e o que achei deles à primeira vista.
Bertrand:
Fnac: