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Qual a melhor Fnac de Lisboa?

por BeatrizCM, em 04.02.15

Nada conforta mais os amantes de livros do que uma livraria arrumada, organizada e acolhedora, à mão de semear. Quanto a mim, acho a maioria das livrarias Bertrand demasiado exposta, ou pequena, ou incompleta. Por isso, além da livraria do El Corte Inglés (cujo comentário deixo para outra ocasião), restam-me as diversas lojas Fnac no centro de Lisboa. E é sobre elas que pretendo escrever agora.

Se me perguntarem qual é, para mim, a melhor Fnac de Lisboa, pelo menos no centro, digo que é a Fnac do Colombo. Pode não ser a maior (cheira-me que as do C. C. Vasco da Gama ou dos Armazéns do Chiado é que são), mas é aquela onde o espaço se encontra melhor aproveitado. Não há falta de corredores para circular à vontade, sem tropeçar em nada, a loja é ampla e as secções estão bem organizadas, com lógica e aprumo, sem grandes desperdícios, contudo mantendo-as actualizadas e com uma selecção sensata de produtos, sejam eles de música (comprova o Ricardo) ou de livros (digo eu). No que toca a produtos informáticos e de tecnologia, apesar de muitos serem mais caros do que nas lojas Worten ou Box do Jumbo, é costume encontrar-se marcas diferentes, existindo maior variedade. Não há mais, também não há a menos. Ah, e já agora, deve ser a única loja Fnac onde costumam ter, sempre que lá vou, o Jornal de Letras.

Também considero a Fnac do Colombo como a melhor Fnac de Lisboa porque é a que tem sempre melhores promoções. Principalmente durante os meses de Janeiro, encontra-se bastantes boas oportunidades de 1€ a 10€, depois de reduções significativas do preço original.

Quanto ao atendimento, a Fnac do Colombo tem, provavelmente, os empregados mais simpáticos e despachados a atender. Até há bastante gente nova por lá, o que é capaz de também tornar o atendimento mais agradável, sem se tornar enfadonho. Em suma, talvez a falta de experiências anteriores mantenha esses jovens menos desmotivados e aborrecidos com o seu trabalho. Esperemos que continuem a ser uns bacanos pela vida fora!

E quanto a vocês, qual é a vossa loja Fnac preferida?

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"O problema não és tu, sou eu" deve ser uma das frases mais odiadas de sempre em português, provavelmente a seguir de "isto não é o que parece". Nem sei se também será utilizada noutras línguas (the problem is not you, it's me? le problème n'est pas tu, c'est moi?). Aposto que, se eu tivesse de acabar com alguém, essas seriam tal e qual as minhas palavras, a minha derradeira desculpa. Afinal, sou humana. E portuguesa.
Por isso, não é de admirar que O Problema Não És Tu, Sou Eu tenha sido o título escolhido pela Ana Garcia Martins, aka Pipoca Mais Doce, para o seu último livro lançado ontem à tarde.
Vou-vos contar a história de como o li: tinha a ideia de ir à apresentação, na Fnac dos Armazéns do Chiado, mas reservei  um par de horas antes para o poder ir ler, já que as minhas finanças pessoais andam pela rua da amargura (as always) e presentemente não me dá muito jeito andar a dar 15€ por um livro como se não fosse nada de importante. Afinal, acabei por ler todo o livro em duas horas, sentadinha no café da Fnac,  num dos bancos à janela, com luz lisboeta natural a iluminar-me a leitura. Depois de um dia cansativo, soube-me que nem ginjas!
Bem, mas passando à crítica do dito livro.


Já estou mais do que habituada à escrita descontraída da Pipoca, principalmente porque adoro as crónicas do blogue. É uma escrita que, não sendo o suprassumo da arte, faz bem à alma. Com o livro O Problema Não És Tu, Sou Eu, senti-me tal e qual assim, satisfeita e feliz. É uma leitura fácil, demora só um parzinho de horas, mas que par de horas é, muito anti-stressante. Decerto não merece um Nobel, mas não deixa de merecer o carinho dos leitores. E deixou-me com aquela sensação de que, se eu tivesse que escrever um livro, este estaria na lista dos candidatos - quem me dera ter sido eu!
Misturando um pouco de experiência pessoal com experiências alheias e uma pitada de lugares-comuns, a Ana Garcia Martins explora algumas questões do quotidiano das relações dos vinte em diante. No entanto, eu ainda não tenho vinte anos, tenho uma relação estáapvel e fofinha há dois e, por isso,  encarei os seus conselhos como óbvios, algo que já toda a gente devia saber pelo menos aos 25. No entanto, não me posso esquecer que há por aí boas pessoas que batem muito com a cabeça numa combinação de falta de sorte e de inabilidade para manter relações. Dito isto, essas pessoas deviam mesmo, mesmo, mesmo ler o livro da Pipoca/Ana e aprender umas quantas coisas, coisas que a própria Ana só tem aprendido de há uns anos para cá, já agora. Um bocadinho de educação emocional nunca fez mal a ninguém, ainda que plena de clichés e com um ou outro tema mais repetido, como neste livro.
De resto, a Ana sabe mesmo escrever, sabe onde pôr as vírgulas e só por causa disso já tem o meu respeito. A edição está fenomenal, não há gralhas na revisão, as ilustrações são engraçadas e pronto, vão ler O Problema Não És Tu, Sou Eu e ser felizes (ou aprender a sê-lo, em todo o caso)!!!

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Fyodor Books com nova loja

por BeatrizCM, em 12.05.14

A Fyodor Books vai sair do Chiado e mudar-se para o Campo Pequeno. Agora é que já não tenho desculpas para não me enterrar em desfalques - a nova loja fica a uma rua de distância do meu ginásio e a duas estações de Metro da minha faculdade. Ai. Ai, a minha vida.

 

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[Lembram-se daquela vez em que perdi a cabeça? Esta é a minha opinião acerca do primeiro livro que li desse lote. Já o tinha acabado há um tempo, mas só agora tive disponibilidade para opinar sobre ele.]

 

Aposto que a maioria das pessoas que adora livros também não se importaria nada de ter uma livraria - eu incluída. No entanto, nem sempre pensamos nas dificuldades que um negócio traz, seja ele qual for, quanto mais uma livraria, numa pequena localidade onde provavelmente os seus habitantes nem têm muito o hábito de ler ou de comprar livros em pequenas lojas, preferindo as grandes cadeias.

Estas foram algumas das conclusões a que chegou Wendy Welch, partilhadas em A Minha Pequena Livraria, um romance que eu interpretei mais como um conjunto de crónicas acerca do quotidiano da livraria "Tales of The Lonesome Pine" do que propriamente como uma história necessariamente contada por ordem cronológica. Através das palavras da autora, podemos (re)viver com ela a sua aventura com o marido, Jack Welch, em como fundaram uma livraria que tinha todas as condições para falhar mas que, aos poucos, se foi tornando um ponto de encontro, quase um centro cultural, indispensável na comunidade de Big Stone Gap, na Virgínia (EUA).

 

Esta foi a minha crítica no Goodreads:

Adorei a história da Wendy, de quem ela mesma me fez sentir próxima ao longo destas 275 páginas. É uma senhora cheia de humor&amor para oferecer a quem entra na sua livraria, seja fisicamente, seja através do livro que escreveu. Cada capítulo é uma espécie de crónica acerca de um determinado episódio que se passa na livraria Tales of The Lonesome Pine e com a comunidade que se criou em redor dela (desde a sua criação até à actualidade), dos seus eventos e dos seus fundadores - Wendy e o marido Jack. Eles mesmos admitem que imensas pessoas que lhes confessaram também querer ter uma livraria e que, apesar do enorme prazer que a TOLP lhes traz, envolve um enorme esforço pessoal, principalmente nos primeiros tempos.
Este é o livro indicado para quem adora livros e pretende reflectir acerca da sua comercialização do século XXI, incluindo do seu valor de mercado e, é claro, emocional.
A única falha que tenho a apontar é à tradução portuguesa, que apresenta alguns erros imperdoáveis.

 

E vocês, já leram este livro? Têm alguma sugestão semelhante que gostassem de partilhar?

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Perder a cabeça com livros é um prazer!

por BeatrizCM, em 16.04.14

Há muito tempo (talvez desde a FLL do ano passado) que não comprava livros novinhos ou que, pelo menos, não fossem para a faculdade e que não representassem um desfalque menos necessário na minha-já-super-desfalcada conta bancária. O que me valeu foi ter alguns vales da Fnac e da Bertrand e o desconto que me restou do livro que comprei no dia do Pai.

Então, lá fui eu à procura de pechinchas, se é que as há nas grandes cadeias de livrarias, onde é tudo uma questão de estar no sítio certo, à hora certa, em frente da prateleira certa. Pessoalmente, considero-me uma caça-promoções, por isso é raro escapar-me alguma por falta de atenção.

 

 

 

 

Aqui vai a lista dos livros, onde os comprei, por quanto e o que achei deles à primeira vista.

 

Bertrand:

  • The Idiot - Fyodor Dostoyevski - 5€ - uma pechincha para um clássico escrito por um autor tão conhecido do século XIX. Já tinha ouvido falar deste romance, mas as promessas da sinopse convenceram-me definitivamente: "The Idiot remains a provocative example of psychological realism". Ok. Eu gosto de psicologia e de realismo. Eu gosto de personagens esmiuçadas até ao miolo. Tive de o trazer. Nunca li nada de Dostoyevski, mas guardo altas expectativas quanto à sua obra.
  • The Middlesteins - Jami Attenberg - 8€ - esta aquisição é o resultado de uma capa apelativa (quem disser que não se sente atraído por capas engraçadas só se está a iludir), da minha adoração por edições de bolso ou, pelo menos, por livros mais pequenos (como podem confirmar na primeira imagem, apesar de não se perceber muito bem a escala) e da necessidade enorme que senti de esbanjar um pouco mais de dinheiro em literatura light norte-americana, porque de literatura "séria" já o meu cérebro anda fartinho. Há quem diga que é um livro bestial, há quem diga que não e eu espero não me desiludir. Guardei o talão para troca, só naquela...

 

Fnac:

  • Le Vieux Qui Ne Voulait Pas Fêter Son Anniversaire - Jonas Jonasson - 8,67€ - eu já quero ler este livro desde sabe-se lá quando. No entanto, fiquei indecisa se o havia de comprar em inglês ou em francês, porque em sueco (versão original) é que não o conseguiria fazer. O inglês é uma língua mais próxima das nórdicas, mas a versão francesa é mais barata e, além disso, eu tenho um exame de francês avançado em Setembro, por isso preciso de todos e quaisquer recursos para o praticar. E assim foi. Mal posso esperar por conferir se todo o zum-zum em redor do centenário que fugiu pela janela se justifica!
  • Crónicas do Sul - Luis Sepúlveda - 2€ (sim, sim, dois euros!) - já li dois livros deste escritor chileno e adorei. A literatura sul-americana é diferente de tudo o resto, não só pelo seu panorama cultural, mas também pelo tipo de escrita, de raciocínio... Este livro é um conjunto de crónicas acerca da realidade política do Chile, reflectindo as opiniões do autor, o que eu gosto de saber sempre. Aceder aos pensamentos de outra pessoa não tem preço, quanto mais de um escritor!
  • A Minha Pequena Livraria - Wendy Welch - 11,40€ (já com 20% de desconto duma campanha que estava a decorrer, ou pagaria 14,50€) - mal conheci este livro através do Goodreads, soube que tinha de ser meu. Também faço parte daquele imenso grupo de bibliófilos que gostariam de ter uma livraria, que seria muito engraçadito e coiso e tal. Mas, acima de tudo, eu faço parte daquele imenso grupo que é bibliófilo e ponto final. Não resisti a tentar saber mais acerca da aventura da Wendy e do Jack. Já li despachei este - review para breve.

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Fyodor Books com novidades

por BeatrizCM, em 12.04.14

 

Agora, 5 livros são 10€. Aqui.

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Fyodor "pechinchas" Books

por BeatrizCM, em 17.03.14

Ainda não conhecem a Fyodor Books? Já ouviram falar desta grande lojinha, mas nunca lá meteram os pés? Ai, gente, apressem-se, que vale mesmo a pena! Inspirada na ideia das livrarias americanas, a Fyodor vende livros para todos os gostos, coisas mais rasca e coisas mais pró-intelectual, quase tudo ao mesmo preço e sem grandes complicações pelo meio. A pequeeeena livraria fica na Baixa de Lisboa, numa escadaria amorosa que se chama Calçada Nova de S. Francisco, ali como quem vai para o Teatro de S. Carlos. E quando digo que é pequeeeena é porque é mesmo pequeeeeeeeeeeeeeeeena, porque já vi casas-de-banho maiores do que esta livraria. Mas não faz mal, sabem? É que as estantes estão cheias de livros (e de pó - alérgicos como eu, tomem cuidado), tanto novos quanto velhos. E os preços? 3€ um livro, 5€ dois livros. Ou 5€ um livro, se for daqueles mesmo bacanos. Em contrapartida, também há outros que custam apenas 0,50€ (sim, sim, cinquenta cêntimos, leram bem).

 

(Fotografia daqui)

 

Até agora, tem-me faltado o tempo (e o orçamento, se é que me entendem) para passar mais vezes por lá, mas já fiz a minha visita de inauguração. Através do Facebook, vi que tinham um livro escrito por uma das minhas professoras preferidas do 1º semestre, ilustre Teresa Cadete, ou apenas "a Cadete", então vi-me mesmo forçada a ir buscá-lo, coitadinha de mim. E cá está ele, pertencente ao tal lote dos 5€, mas novo custa 25€. É que nem me queixo!

 

 

 

Coisa mai' linda, quando é que terei tempo para te ler? Ai, vida de trabalhadora-estudante, a quanto obrigas!

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