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Há muito tempo, acho que desde o início da licenciatura, que conheço o nome Zigmunt Bauman, por causa da obra Amor Líquido, mas só no mês passado finalmente peguei num livro seu: Confiança e Medo na Cidade. A minha visita à biblioteca da FLUL coincidiu também com alguma inquietação que senti em relação aos últimos acontecimentos deste ano - a vaga de refugiados na Europa e os ataques terroristas em Paris - por isso tentei encontrar leituras que me ajudassem a esclarecer essa inquietação.

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No final, atribuí 5 estrelas a Confiança e Medo na Cidade de Zigmunt Bauman:

Depois dos ataques terroristas no dia 13 de Novembro de 2015, depois da chegada de milhares de refugiados ao espaço europeu, muita é a agitação na cidade, tanto no território quanto no meio virtual. Por isso, tenho investido algum do meu tempo a reflectir sobre o que se tem escrito e dito sobre o assunto: o que deveremos fazer? Devemos acolher os refugiados ou reenviá-los para os seus países de origem? E qual a reacção mais apropriada, perante a ameaça terrorista? Terá a chegada de refugiados à Europa criado condições propícias à chegada simultânea de terroristas?
Com este Confiança e Medo na Cidade, pude articular algumas conclusões em que já tinha pensado mas que Zygmunt Bauman apresenta de forma sistematizada. Os temas mais significativos são a relação com o "outro", com o estrangeiro, a organização e planeamento do território da cidade e a vigilância permanente.

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Reviews e pseudo-academismo

por BeatrizCM, em 19.10.15

Tenho usado a rede social Goodreads durante os últimos três anos e tenho habitado a blogosfera por seis ou sete. Ao longo deste tempo, tenho sempre andado a cuscuvilhar a opinião de outros leitores acerca de livros que potencialmente me possam agradar, tanto no Goodreads quanto em blogues, mas bem que teria poupado muito tempo e nervos se não me tivesse deparado com muitas dessas... reviews, chamemos-lhe assim.

Em geral, os reviewers de sofá podem levar-nos a cometer o maior erro das nossas vidas: não ler um determinado livro, porque fomos ver a sua avaliação média ao Goodreads e ela era de apenas 3 estrelas. Pois.

Felizmente, a pouco e pouco vim a distanciar-me desses bitaites desinformados, alguns ignorantes, outros apenas ridículos. Fartei-me de ser enganada. Como? Eu digo-vos. Comecei a ler as reviews de quem atribuiu melhor avaliação ao livro, assim como as de quem atribuiu as piores. Deste modo, ganho uma perspectiva do que posso esperar de mais positivo e de mais negativo.

No entanto, impõe-se um obstáculo a esta procura de opiniões terceiras: o reviewer que não opina nada, só resume a história. Como eu dizia quando andava no ensino secundário... Tipo, LOL. O mais triste é que a maioria dos utilizadores do Goodreads, por exemplo, são adeptos desta moda.

É que eu não quero ler resumo nenhum!!! Para resumo, vou procurar o índice do livro, ou vou à Amazon, ou vou à Wook ou vou ao Book Depository para encontrar a sinopse. Não preciso que os leitores pseudo-académicos se armem em chicos-espertos e me resumam as linhas principais das histórias ou dos ensaios (ainda por cima, abundando erros ortográficos). DAH! 

Quando alguém vai ao Goodreads, vai procurar reviews que contenham uma análise ao livro (ok, até aqui está tudo bem), vai procurar opiniões sobre se deve ou não lê-lo, razões que o justifiquem e o que poderá eventualmente esperar dessa leitura.

NÃO VAI À PROCURA DE RAIOS-AS-PARTAM SINOPSES EM SEGUNDA OU TERCEIRA MÃO!!! (Como devem calcular, encontro-me muito irritada devido a uma incursão recente ao perfil goodreadsiano de um livro que estou a ler.)

Pensem... É como ir a um Clube de Leitura. Quem lá está já leu as obras em apreciação, não precisa que lhas mastiguem.

 

TL;DR: vim por este meio incitar à actividade opinatória acerca de livros na Internet que não inclua resumos, sinopses, índices improvisados, muita palha e pouco sentido crítico; ao julgamento e a difusão de opiniões literárias construtivas, justificadas e não odiosas.

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Um dos meus not-so-guilty pleasures é sentar-me nas livrarias a ler os livros que lá têm, preferencialmente na Fnac, por ser maior e não dar tanto nas vistas ficar lá a fazer sala sem comprar nada nem consumir no café.

A verdade é que o facto de o meu pai ser especialista em livros, aka bibliógrafo de profissão e também um dos maiores bibliófilos que conheço, me transformou numa pequena forreta de segunda geração no que toca à compra dos nossos amigos. Dar 15€ por um livro novo? Vade retro! Pelo menos, até gastar tal quantia num livro, tenho de analisar o caso de forma muito profunda e ponderada. E por isso é que também tenho uma terrível queda por pechinchas (que nem por isso me sai menos cara). Fui educada para o valor real dos livros e, quando pago mais de 10€ por um, é na maioria das vezes porque sei que vale a pena (financeira e/ou emocionalmente).

Assim, resta-me comprá-los em segunda mão. Para quê pagar mais, o dobro ou o triplo, só pelo fetiche de comprar um livro novo, quando posso ir ao OLX, ao Coisas.com ou a qualquer grupo de venda de livros no Facebook e comprar as mesmas edições, novinhas em capa e folha, por um valor mais baixo? É que eu não gosto nada de livros em segunda mão com pó, folhas rasgadas, capas minimamente danificadas ou qualquer indício de utilização descuidada ou já demasiado prolongada - mas verdade seja dita que há livros que se encontram imaculados através dessas formas de compra que acabei de mencionar.

No entanto, como boa forreta literária que sou (e também estudante universitária com orçamento menos flexível para extravagâncias), adoro vaguear pela Fnac e fingir que um dia vou pegar nos livros todos que vir à frente, forretices à parte. E por vezes, como anteontem, pego mesmo.

 

Fiz as contas e estes 5 livros ficar-me-iam todos pela módica quantia de 91€. Pouquinho, hein? 

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Já agora, menina da Fnac do Chiado que ainda se foi a rir para a colega da minha suposta "figura" a fazer equilibrismo com 10 livros nos braços: não, eu não queria um cesto, por que não me deixou em paz? Se a menina não tem gosto pelos livros/material tecnológico/música, sensibilidade nem ética suficiente para com os clientes para os deixar levar a cabo as suas extravagâncias sem fazer pouco deles ou mandar (in)directas menos agradáveis, procure um emprego noutro ramo. De facto, não parece ter sido feita para lidar com a venda ao público.

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Ultimamente, tenho descoberto que há cada vez mais professores universitários a valorizarem as grandes obras, de grandes autores, que eles escreveram para crianças. No primeiro semestre, fiz um trabalho sobre As Crónicas de Nárnia. Mal o 2º semestre começou, logo na primeira aula de Cultura Visual, a professora mandou-nos (re)ler O Principezinho como trabalho de casa para o Carnaval (e reflectir acerca da relação da história com a matéria que vamos estudar).

Esta evolução nas leituras seleccionadas no meio académico deixa-me bastante feliz. Há novos horizontes a serem explorados, novos pontos de vista. Ao contrário do que o Principezinho pensava no seu tempo, talvez os adultos estejam realmente a combater a sua seriedade. Talvez Saint-Exupéry se orgulhasse por o seu conto, supostamente escrito para alcançar um público juvenil, estar a ser recomendado por professores da faculdade. Talvez C. S. Lewis também se orgulhasse por tantas gerações, de todas as idades, continuarem a pegar nas suas Crónicas, tantas décadas depois.

O que une Lewis e Saint-Exupéry? Terem escrito livros "para adultos", mas esses mesmos adultos continuarem a preferi-los pelos seus livros "para crianças" (não desfazendo nos primeiros, é claro). E não é que se justifiquem tais rótulos, mas utilizamo-los pela mera necessidade de classificação para efeitos práticos.

Estudar livros "para crianças" na faculdade só mostra que é possível retirar conclusões importantes dessas leituras. Que os autores, por vezes, levam as crianças mais a sério do que os leitores adultos. Que escrevem com mais qualidade e cuidado para elas. Que é nelas que confiam para mudar o mundo. Que os adultos aprenderão com esses livros e recuperando a perspectiva das crianças.

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As leituras de 2015 ainda agora estão a começar e os desafios literários também. Para quem gosta de seguir blogues acerca de livros, talvez não seja novidade que A Mulher Que Ama Livros, ou seja, a Cláudia, tenha lançado uma lista muito especial, uma espécie de boletim, com ideias que considero excelentes para os LHA, com uma espécie de linhas orientadoras para quem tem tendência a dispersar-se.

Então, aqui fica o boletim da Cláudia:

 

Pessoalmente, não conto seguir o boletim de fio a pavio, mas sim retirar ideias. No entanto, para os leitores que gostam de se testar, nada melhor do que um desafio bem estruturado como este para não se esquecerem dos seus objectivos literários.

Além das sugestões desta lista, adiciono outros meus:

- Um livro que tenha ganho um Prémio Nobel da Literatura anterior à data em que nasceste

- Um livro recomendado por alguém mais velho (pais ou professores, por exemplo)

- Um livro recomendado por alguém mais novo

- Um livro de ensaios

 

Boas leituras!

(E obrigada à Cláudia pela partilha!)

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Em 2015, Mark Zuckerberg vai...

por BeatrizCM, em 03.01.15

Fonte: The Reading Room

 

AH, adoro saber que o amor aos livros e a tudo o que de bom eles trazem para a nossa vida se vai espalhando e tornando viral. A mensagem vai chegando a cada vez mais pessoas, conquistando cada vez mais "território", qual evangelização literária, e até grandes personalidades como Mark Zuckerberg (criador do Facebook, para os mais desatentos) já se propõem a desafios literários para 2015. Diga-se de passagem que os desafios que lhe propuseram também me caíram no goto e vou pensar em seguir um pouquinho essas ideias.

O que interessa é desmistificar a ideia de que ler é uma seca e, se indivíduos com relevância para o público derem o exemplo, pode ser que a nova geração (a minha e as que se seguem) - mais ligada à Internet, ao formato digital e à cultura de digestão rápida - se volte a entusiasmar com o tradicional bloco de papel, que é tanto mais do que isso.

Já agora, não se esqueçam de visitar a página que o Mark criou, A Year of Books. Já a fui espreitar e promete criar o bichinho dos livros em muita gente - até já foi lá deixada a crítica ao primeiro livro do ano!

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Uma ideia

por BeatrizCM, em 27.12.14

 

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"12 Reasons Why Books Are Great Gifts"

por BeatrizCM, em 25.12.14

12 razões para os livros serem óptimos presentes, DAQUI.

Ainda vão a tempo de oferecer muitos livros neste Natal. Têm mais cinco horas e meia totalmente legítimas para o fazer!

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