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Como já devem ter reparado, adoro livros escritos por estrangeiros acerca dos portugueses. Acho que é sempre uma experiência enriquecedora saber qual a opinião de uma pessoa de fora acerca de nós e do nosso país, do que se faz por cá, de como nos comportamos... Até agora, acho que continuo a preferir o The Portuguese/Os Portugueses, do jornalista Barry Hatton (casado com uma portuguesa, também tem filhos portugueses que também contribuem para a sua perplexidade para connosco), mesmo depois de já ter lido igualmente o The Xenophobe's Guide to the Portuguese. Comprei-o na loja de souvenirs do Parlamentarium, quando fui visitar o Parlamento Europeu em Bruxelas no passado mês de Novembro, custou-me 8€, mas pronto, eu tinha que o fazer. Além disso, nem 100 páginas tem, por isso seria super rápido de se ler.

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No final, acabei por não gostar muito dele. Contém muitas generalizações acerca dos portugueses, das suas tradições, comportamentos e modo de vida, o que me deixou bastante desiludida. Parece que o autor, Mattew Hancock, supostamente escritor de guias turísticos de cidades portuguesas, nem se deu ao trabalho de confirmar por si próprio se esses generalizações eram verdadeiras, o que realmente o tornou um bocado mais como o título indica - "um guia xenófobo.

Assim sendo, para mais pormenores, leiam a crítica que se segue, que deixei no Goodreads - em Inglês, para que leitores estrangeiros também possam perceber que nem tudo o que se encontra escrito é necessariamente verdade.

This book is indeed useful for foreigners to understand a bit more about the portuguese. However, not all that is mentioned should be taken literally, scientifically. There are lots of facts that are only generalizations that the author applied to all of us, people from Portugal, even though he sometimes refers some things that are absolutely true. In other cases, what he refers does not apply to younger generations, only consisting in a traditional point of view.
I was expecting more from this book. Also, I think that this type of guides should be written in partnership with a country's native, or at least revised by one.

 

Fica para a próxima, The Xenophobe's Guide to the Portuguese!

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Acabei de ler o livro "Galveias", de José Luís Peixoto! Já foi na terça-feira, mas só agora tive tempo de vir aqui deixar a minha crítica no Goodreads. Tem algumas repetições porque a escrevi logo duma ponta à outra, pouco depois de acabar a leitura. Não me alongo mais e aqui está ela:

 

Sempre que leio uma obra de JLP, fico a pensar no verdadeiro significado das suas palavras - não o literal, mas sim o metafórico, que sinto que deveria conseguir subentender de palavras tão simples, com raciocínios escondidos tão complexos. "Galveias" não foi excepção e deixou-me suspensa em reticências até, talvez, uma próxima leitura, mais esclarecedora. (Afinal, que cheiro a enxofre era aquele? Caiu mesmo um meteorito no campo?)
Esta é a história de uma Galveias ficcionada, suponho, ainda que inspirada nas suas personagens e espaços reais. Um dos aspectos que mais adoro nos romances de JLP é, sem dúvida, o regresso à ruralidade, às origens do autor e, por empréstimo, também um pouco minhas e de qualquer leitor que o deseje.
As paisagens literárias de JLP são sempre calmas, mas só de aparência. Psicologicamente, há sempre uma acção permanente, um enredo bastante rico em movimento e pensamento. Em "Galveias", uma aldeia em Portalegre, há pessoas que não param um segundo. Quem diria que haveria tanta agitação?
Cada capítulo é, mais do que isso, um conto - um relato acerca da vida de alguém. Há segredos, mágoas, sonhos, heranças materiais e imateriais de família... Em suma, tudo aquilo que é imprescindível a uma boa história colectiva.
E esta é uma história com um final nem feliz, nem triste. Tem somente um final pacífico, pois o mundo continua a girar, tal como Galveias no seu sítio. É igualmente um final metafórico, que me deixou em estado de hesitação e de meditação.

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"Galveias" também já chegou

por BeatrizCM, em 14.10.14

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A encomenda foi expedida dia 10, sexta-feira, dia oficial de lançamento, por volta da 1h da manhã. Esperava-a há mais de duas semanas, queria ser das primeiras a pegar-lhe e lê-lo. Chegou menos de sete horas depois à Margem Sul, às 10h45 estava na minha casa. A minha avó não estava, seguiu de volta para o posto municipal dos CTT. Fiquei desconsolada e ela também, por achar que me desiludia.

Por isso, ontem, segunda-feira, mal o posto local abriu, lá fui eu, toda lufa-lufa para ir buscar o meu Galveias. Às 9h30 da manhã, ainda nem tinha chegado do posto municipal. Consegui-o antes das 10h. Abri o embrulho ainda no carro. O livro vinha com a capa lesada nalguns sítios, em frente e atrás. Fiquei triste, ainda pensei em ir ao Colombo trocá-lo, mas desisti. Imaginei a cara de quem me atenderia, a queixar-me da "porcaria" do livro com um ou dois probleminhas microscópicos na capa. Esqueci o assunto. Dificilmente alguém me entenderia e à minha fixação dos livros imaculados. Nem sequer era culpa do envelope almofadado, parecia apenas ter sido mal tratado por falta de cuidado no armazém.

Corri para casa, ou quis que o carro corresse. Li as primeiras páginas, mas adormeci com dores de cabeça. Depois de acordar, antes de almoço, estava melhor. Só parei de ler para comer e descansar uns minutos. Despachei mais de metade do livro em menos de dozes horas.

Hoje continuo a lê-lo e, provavelmente, ainda hei-de o acabar antes de amanhã raiar. Só me faltam 40 páginas.

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Últimas leituras - "Os Portugueses"

por BeatrizCM, em 24.08.14

 

Este livro foi, sem dúvida, um grande abre-olhos no que toca à minha consciência nacional. O que é ser-se português? Será tudo uma construção, uma comunidade imaginária, como a minha professora de Cultura e Sociedade outrora me dava na cabeça durante as aulas? Somos assim como somos só porque calhou ou porque o nosso passado assim o determinou?

 

 

Adorei este livro, sem dúvida. Se ainda têm dúvidas se o devem ler ou não, este é apenas um excerto do que vos espera. Aqui segue a minha avaliação no Goodreads:

 

Uma das maiores qualidades deste livro é associar traços culturais e comportamentais dos portugueses a 800 anos de História, perfeitamente resumida em 300 páginas. Uma vez que Barry Hatton, o autor, vive em Portugal há cerca de 28 anos, é-nos fornecida uma visão exterior, mas não suficientemente alheada da realidade do país. Por isso, acaba por ser um bom ponto de partida para olharmos para nós mesmos e, 100% "tugamente", rirmo-nos e troçarmos do nosso "fado".
Também considero este livro um excelente guia para turistas mais curiosos, assim como para estudantes de história e cultura (como eu). Aliás, qualquer português que o leia há-de se rir um bocadinho e talvez os estrangeiros também o consigam fazer.
É um livro que deve ser lido do início ao fim, sem saltar capítulos ou alterar a ordem de leitura. No princípio, pode parecer desinteressante e "maçudo", mas depois vai-se tornando cada vez mais agradável.
Passei quase todas as 300 páginas a pensar "oh, é verdade, nós somos mesmo assim!".

4,5 estrelas em 5!

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Feira do Livro a chegar, todos a poupar!

por BeatrizCM, em 26.02.14

Guardem as carteiras, ponham o vosso dinheiro debaixo do colchão, parem de comprar pechisbeque da Primark, parem de almoçar a comida de plástico no McDonald's que vos enche o traseiro de vergonha... Porque a Feira do Livro de Lisboa já tem data marcada para este ano: 29 de Maio a 15 de Junho! 

Não há ninguém neste planeta inteiro que não goste da Feira do Livro. Aposto que até quem não gosta de ler consegue gostar da Feira do Livro. É o ambiente, o passeio, a luz, o sol, a ânsia, a multidão de leitores, o aroma a folhas acabadinhas de imprimir, os sacos cheios e promissores, o Parque Eduardo VII - é impossível não morrer de amores por esta época tão festiva para as nossas estantes e tão ofensiva para o nosso bolso! Chegou a hora de poupar, meus caros. O auto-desfalque está para vir e só nos restam três meses de austeridade extra, em nome de uma saudável e óptima causa!

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