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Um dos meus not-so-guilty pleasures é sentar-me nas livrarias a ler os livros que lá têm, preferencialmente na Fnac, por ser maior e não dar tanto nas vistas ficar lá a fazer sala sem comprar nada nem consumir no café.
A verdade é que o facto de o meu pai ser especialista em livros, aka bibliógrafo de profissão e também um dos maiores bibliófilos que conheço, me transformou numa pequena forreta de segunda geração no que toca à compra dos nossos amigos. Dar 15€ por um livro novo? Vade retro! Pelo menos, até gastar tal quantia num livro, tenho de analisar o caso de forma muito profunda e ponderada. E por isso é que também tenho uma terrível queda por pechinchas (que nem por isso me sai menos cara). Fui educada para o valor real dos livros e, quando pago mais de 10€ por um, é na maioria das vezes porque sei que vale a pena (financeira e/ou emocionalmente).
Assim, resta-me comprá-los em segunda mão. Para quê pagar mais, o dobro ou o triplo, só pelo fetiche de comprar um livro novo, quando posso ir ao OLX, ao Coisas.com ou a qualquer grupo de venda de livros no Facebook e comprar as mesmas edições, novinhas em capa e folha, por um valor mais baixo? É que eu não gosto nada de livros em segunda mão com pó, folhas rasgadas, capas minimamente danificadas ou qualquer indício de utilização descuidada ou já demasiado prolongada - mas verdade seja dita que há livros que se encontram imaculados através dessas formas de compra que acabei de mencionar.
No entanto, como boa forreta literária que sou (e também estudante universitária com orçamento menos flexível para extravagâncias), adoro vaguear pela Fnac e fingir que um dia vou pegar nos livros todos que vir à frente, forretices à parte. E por vezes, como anteontem, pego mesmo.
Fiz as contas e estes 5 livros ficar-me-iam todos pela módica quantia de 91€. Pouquinho, hein?
Já agora, menina da Fnac do Chiado que ainda se foi a rir para a colega da minha suposta "figura" a fazer equilibrismo com 10 livros nos braços: não, eu não queria um cesto, por que não me deixou em paz? Se a menina não tem gosto pelos livros/material tecnológico/música, sensibilidade nem ética suficiente para com os clientes para os deixar levar a cabo as suas extravagâncias sem fazer pouco deles ou mandar (in)directas menos agradáveis, procure um emprego noutro ramo. De facto, não parece ter sido feita para lidar com a venda ao público.