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Como referi na última publicação sobre intenções de leitura, tenho tentado ler muitos dos livros que tenho "intocados" na estante, além de também fazer parte dos meus objectivos conhecer o maior número possível de clássicos da literatura portuguesa e inglesa (utopicamente, da literatura mundial).
Por isso, seguiu-se por ordem quase natural o livro Alice in Wonderland, ou Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.
Esta foi a crítica que deixei a Alice in Wonderland no Goodreads, com a classificação quantitativa de 4 estrelas:
Há já muitos anos que queria ler Alice no País das Maravilhas, mas preferi esperar para ter maturidade e capacidade para o fazer pela versão original, em inglês. Feitas as contas, ainda bem que esperei!
Supostamente, este é um conto para crianças, mas os significados mais ímplicitos só se conseguem compreender com algum esforço. Penso que a maior crítica, e a mais imediata e explícita, é à autoridade dos adultos e à sua incansável busca pelos porquês de tudo o que os rodeia, esquecendo-se de procurar os pequenos prazeres da vida, sem pressas, sem se questionarem. Ao longo da sua viagem de sonho, a Alice aprende a relaxar e a aproveitar o que as contingências do acaso lhe vão proporcionando.
Além disso, a linguagem utilizada pareceu-me demasiado exigente para as crianças, mesmo que nativas de inglês. Julgo que também pode ter que ver com o século em que os contos de Alice no País das Maravilhas foram escritos.
A partir da minha perspectiva, de uma jovem adulta, este livro tem uma óptima qualidade e lê-se com prazer. No entanto, ainda tenho dúvidas do que o leva a ser um clássico tão aclamado da literatura inglesa.
Curiosidade: a edição que tenho é já antiga, de 1974 - e, como a arranjei em segunda mão, tem a capa rasgada e riscada e, no interior, tem até uma dedicatória [Para a Paula da sua amiga de escola. Ana Paula Loureiro] e até um papelinho lá dentro, marcado com "Oeiras, 15 de Setembro 82" que começa assim: "Aqui estou revelando os meus pedidos para o amor da minha vida". Infelizmente, a lista de pedidos resume-se a "1º pedido. Quero que me continues a amar como tens até este momento. 2º pedido."
E pronto, fiquei sem saber quais seriam os restantes pedidos, mas sei que o livro já pertenceu a uma rapariga chamada Paula (possivelmente, a referida apaixonada) e que lhe foi oferecido pela sua amiga Ana Paula.